Antonio Oswaldo Storel

 

Para quem acredita na Bíblia, quando Deus criou o homem e a mulher à Sua Imagem e semelhança, dando-lhes a essência da dignidade divina, criou também toda a natureza para que servisse ao ser humano em sua vida. Mas, de toda a natureza criada, escolheu dois elementos essenciais à Vida humana: a água e o ar. E os distribuiu em grande abundância pelo universo terrestre.
Essa máquina espetacular que é o corpo humano, tem sua vida totalmente dependente do ar e da água. Se lhe falta o ar por poucos minutos, transportando-lhe o oxigênio para que os pulmões desempenhem sua função maravilhosa e coloquem vida no sangue que a leva até as minúsculas ramificações dos vasos sanguíneos em todos os pontos do corpo, partes essenciais dessa máquina humana morrem, a começar pelo cérebro.
Mas o corpo humano tem em sua composição uma boa parte de água (em média, 50% a 60% d0 peso) e necessita que essa água seja renovada constantemente, sem o que a Vida é colocada em risco. E essa água que nós ingerimos precisa ter qualidades de pureza aprimoradas para não levar para dentro do nosso organismo, elementos nocivos à saúde. Se essa renovação da água faltar, ou não tiver a pureza necessária, a Vida fenece.
A água tem funções vitais sobre toda a natureza no que diz respeito à fauna, à flora, às plantações, além do ser humano, tanto para que a Vida exista, como para que ela seja plena e de qualidade. Acontece que o ser humano, diferentemente dos animais que agem por instinto natural, age de forma predatória quanto à água, poluindo-a ou destruindo suas fontes pelas mais diversas formas.
Sem levar a sério a consciência e a responsabilidade para com o ciclo natural da água, os humanos vão acabando com tudo. Pelo manejo agrícola inadequado vão acabando as minas e os ribeirões, afluentes dos rios maiores, não só pela ausência da mata ciliar para poder plantar cana até à beira das margens, como pelo assoreamento dos cursos d’água com terra levada pelas chuvas. Com a impermeabilização do solo urbano, tanto nas áreas privadas das residências como públicas, pela ausência de infiltração das aguas pluviais, vai diminuindo o volume do lençol freático subterrâneo que, pelas nascentes, alimenta os rios.
Os rios, fontes do precioso líquido para coleta dos grandes centros urbanos, tornaram-se locais para despejo dos nocivos dejetos da sociedade como esgoto, poluentes químicos provenientes de indústrias, lixo de toda espécie, etc., impedindo a vida dos peixes. Invade-nos profunda tristeza e preocupação quando vemos um rio poluído ou com seu leito de pedra exposto pela falta de água, como acontece com o nosso Rio Piracicaba em época de estiagem.
Diante dessa realidade, haveria chances de reverter essa situação degradante? Sim, acreditamos que um maciço processo de conscientização global e a implementação de um intenso programa educacional desde o ensino infantil poderia levar a população a uma radical mudança de hábitos, motivada pelos conhecimentos sobre a imprescindível importância da água para a Vida humana!
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Antonio Oswaldo Storel, aposentado

 

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