Muro do São Pedrão recebe arte de grafite feita exclusivamente por mulheres

Produção acontece neste domingo, como parte da programação especial Mês da Mulher

Um mural artístico produzido exclusivamente por mulheres usando a técnica do grafite. É essa ação que acontece neste domingo (20), a partir das 9h, no muro do Estádio Ferrúcio Feltrin, o São Pedrão, como parte da programação especial Mês da Mulher, que consiste em diversas atividades gratuitas direcionadas ao público feminino promovidas pela Prefeitura de São Pedro em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

As responsáveis por deixarem o muro do estádio São Pedrão mais colorido são integrantes do grupo FurtaCor, uma iniciativa do coletivo Caravana, formado por mulheres artistas, para fomentar a cena feminina do graffiti em Piracicaba e região. Neste domingo, participam da ação Giulia (aminaflor), Jaqueline Altomani, Adrielle Camargo, Alice Lima, Dora Foxy Lady, Beca, Luiza Martins, Nicole, Luisa Luz, Peace, Mhalani, Mariana Chris, Nus, Jazz, Sarah Soares e Das Nuvens.

Com criação livre, a temática que deve predominar nos desenhos artísticos de grafite é o empoderamento feminino, incluindo arte instagramável, para que o público em geral possa fazer fotos e postar nas mídias sociais. Além disso, as grafiteiras do FurtaCor planejam levar a arte da grafitagem a um espaço no Centro de Educação Ambiental de São Pedro, com previsão de ser inaugurado em abril deste ano.

De acordo com a coordenadora de projetos da Prefeitura de São Pedro, Adriana Amado Jardim, a iniciativa do mural artístico a céu aberto produzido por mulheres atesta o quanto elas podem ter diversas habilidades. “A mulher é múltipla. O pensamento de que ela deve realizar apenas serviços domésticos é ultrapassado. Ela vai muito além, dando cor e vida às pessoas e lugares de um jeito único, por isso as habilidades artísticas das mulheres também precisam ser destacadas”, comentou.

FURTACOR – Criado em agosto de 2020, o grupo FurtaCor iniciou os trabalhos com grafite na parede ao lado do varejão Mário Dedini, em Piracicaba. Na época, eram sete mulheres. Hoje, são 39 integrantes, que já levaram cor a mais de oito muros da cidade.

“Em nossas representações repletas de cores, flores, dores e lutas, vamos deixando em cada muro uma história e um novo olhar. São trabalhos de mulheres autônomas, mães, estudantes, professoras e guerreiras que encontram nos muros a chance de deixar não só parte de sua identidade, mas, também, alcançar um diálogo com o público urbano. Pensamos o espaço e como preenchê-lo de amor”, disse a artista visual e produtora cultural Giulia.

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