Estudantes dos anos finais do ensino fundamental (6° ao 9° ano) e do ensino médio da rede pública estadual começam a preencher a autoavaliação socioemocional do 1° bimestre. Baseado em rubricas, o instrumento, aplicado a partir da parceria entre a Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP) e o Instituto Ayrton Senna, envolve 17 competências socioemocionais agrupadas em cinco macrocompetências: amabilidade, engajamento com os outros, abertura ao novo, autogestão e resiliência emocional.
Nas respostas, os estudantes se autoavaliam em sete “degraus”, para explicarem como se sentem em relação ao desenvolvimento das competências socioemocionais, que são definidas como as características individuais que se manifestam nas formas de sentir, pensar e agir, seja consigo, com os outros e estabelecendo objetivos e metas.
São preenchidas as rubricas referentes às competências de cada ano/série, definidas nas diretrizes do componente Projeto de Vida – um dos três oferecidos pelo Programa Inova Educação (juntamente com Eletivas e Tecnologia e Inovação). O processo ocorre via Secretaria Escolar Digital (SED) até 25 de março.
O Secretário Estadual da Educação, Rossieli Soares, entende que a autoavaliação é fundamental para permitir reflexões sobre o processo de desenvolvimento individual, em pontos variados, e da aprendizagem como um todo. “É um retrato atual, que vai nos permitir compreender ainda mais este momento, com as escolas abertas e a retomada da convivência. É um processo que não objetiva pontuar ou ranquear, mas analisar aspectos emocionais que possam nos ajudar em variadas tomadas de decisões, sobretudo aquelas ligadas à recuperação da aprendizagem”, analisa.
A importância de cada estudante realizar a autorreflexão diante do início do ano letivo e os desafios do retorno presencial são pontos destacados por Marcos Drummond, Gerente de Projetos do Instituto Ayrton Senna. “Temos referenciais científicos que indicam que competências como a Curiosidade para Aprender e Foco, por exemplo, estão associadas com a motivação para aprendizagem, o que é fundamental para um período como o que estamos vivendo”, afirma. Para ele, “é gratificante presenciar este momento em que os professores poderão ter uma visão ‘360’ do estudante e um olhar sobre como as competências socioemocionais podem contribuir para o processo de ensino, considerando a particularidade da sala de aula.”
Em 2021, a avaliação do 3º bimestre foi respondida por 332,4 mil estudantes, de 4.209 escolas, em 614 municípios. No 4º bimestre, foram 248,7 mil estudantes participantes.