Quem foi o espírito Santos Dumont?

Alvaro Vargas

 

Alberto Santos Dumont (20/07/1873 – 23/07/1933) foi um aeronauta, esportista e inventor brasileiro, que projetou, construiu e voou os primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina. No Brasil é considerado como o “pai da aviação”, título não reconhecido por outros países, que mesmo respeitando o trabalho que ele realizou, alegam que os primeiros voos de avião, com motor impulsionado a gasolina, foram executados por Clément Arder (França) e os irmãos Wright (EUA). Geralmente, as grandes invenções são desenvolvidas no mundo espiritual, e os “inventores” na Terra apenas seguem a intuição do projeto do qual participaram antes de reencarnar. Em se tratando de uma invenção tão importante, que revolucionou o transporte em todo o mundo, vários espíritos assumiram esse compromisso, garantindo a conclusão desse projeto. Mesmo que um deles fracassasse, os demais inventores concluiriam essa missão, mantendo a marcha do progresso da humanidade. As narrativas em torno de uma competição sem sentido sobre quem teria sido o primeiro inventor do avião são devidas à vaidade e ao egoísmo ainda predominantes na sociedade. Deveríamos compreender que somos apenas ferramentas imperfeitas cumprindo as tarefas designadas pelos planos maiores da vida.
Todos os que participaram, direta ou indiretamente, na invenção do avião, têm o seu mérito. Entretanto, a missão de Santos Dumont foi realmente diferenciada, tendo, inclusive, uma revelação espiritual sobre isso quando era criança. Ocorreu em 30 de julho de 1876, na cidade de Silveiras, em São Paulo, através da psicografia do médium Ernesto Castro, ditada espontaneamente pelo espírito Estêvão Montgolfier (1745-1799). A mensagem, mencionava a futura descoberta do uso de motores na aviação. Em resumo, esse espírito revelou: “Vencer o espaço com a velocidade de uma bala de artilharia, em um motor que sirva para conduzir o homem, eis o grande problema que será resolvido em pouco tempo. Essa máquina poderosa de condução não há de ser uma utopia. O missionário, que traz esse aperfeiçoamento à Terra, já se acha entre vós. Brasil, tu que foste o berço dessa grande descoberta, serás em breve o país escolhido para demonstrar a força dessa grandiosa máquina aérea. Eis o prognóstico que vos dou, ó brasileiros” (Revista da FEB, 12/12/2015).
Em nossa trajetória evolutiva, vamos gradativamente conquistando valores morais e intelectuais. Muitas vezes cometemos equívocos, pois somos almas em evolução, necessitando de atravessar inúmeras reencarnações para o aperfeiçoamento moral e intelectual, reparando os equívocos cometidos. Santos Dumont foi um grande missionário, colaborando no processo de aproximação dos diferentes povos que habitam a Terra. Mesmo tendo contribuído com a sua invenção, cometeu o suicídio. Embora existam várias hipóteses sobre os seus motivos, a sua covardia moral foi injustificável. O nosso corpo físico nos foi fornecido por acréscimo de misericórdia, e destruí-lo consciente ou inconscientemente, segundo as leis divinas, é considerado um crime. Trazemos uma bagagem de iniquidades praticadas em várias reencarnações, que podem emergir de nosso inconsciente profundo, provocando grandes distúrbios psicológicos, os quais nem sempre conseguimos superar. A fuga enganosa de Santos Dumont, não desmerece o seu trabalho. Foi uma decisão lamentável, da qual ele já se redimiu, através da reencarnação como paraplégico (O Consolador, Ano 2 – N° 73 – 14 de setembro de 2008, Gerson Simões Monteiro). Devemos recordá-lo pelo seu legado, as suas descobertas que muito contribuíram para a aviação. Esse nobre espírito, com certeza, continuará com o seu trabalho nos dois planos da vida, quem sabe agora, para aproximar os diferentes mundos que fazem parte deste vasto universo.

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Alvaro Vargas, engenheiro agrônomo, Ph.D., presidente da USE-Piracicaba, palestrante e radialista espírita.

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