Pedofilia (I) Perigos da Web

Pais com que viveram a infância antes da mudança da globalização, cujos valores estão em acentuado declínio, enfrentam dificuldades específicas na educação dos filhos. Eles não têm o comparativo de antes. Nasceram nessa sociedade em que a exposição é um imperativo.

Dois vídeos no Youtube (produzidos pelo extinto programa CQC) mostram como a pedofilia está mais presente que se imagina. Numa armação o programa coloca uma atriz numa sala de bate-papo online com o codinome July/15 (sua suposta idade). Policiais, advogados, homens de mais de 40 anos puxam papo e logo pedem para abrir sua webcam. Em poucos minutos abordam o assunto “sexo virtual”, mas no auge da conversa com transmissão em webcam Danilo Gentili se apresenta e a webcam imediatamente se fecha.

Essa descrição denuncia o perigo da exposição atual. É preciso que pais dialoguem muito e sempre com seu filho, sejam amigos, naveguem juntos. Ele entende mais da linguagem da máquina, mas desconhece os riscos da exposição, ainda mais com apelo sexual. E pedófilos, não somente sabem disso, mas também exploram o anseio típico do adolescente em se sentir considerado como adulto.

Filhos precisam de limites dos pais e a máquina, ao contrário, abre horizontes dos mais diversos. Se ele não tem limites pode inclusive sentir-se desamparado, desprotegido.

A internet em si é algo bom. Ruim pode ser seu uso.

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“Brincando pode-se dizer de tudo, até mesmo a verdade”. (Sigmund Freud)

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Tive dois relacionamentos na minha vida, em ambossofri muito com infidelidades. Há quase dois anos terminou o último, mas penso nela até hoje. Sinto muita falta de gostar de alguém, penso nisso a todo o momento, mas não consigo sair de casa e me doar.

João, 26

É próprio do ser humano amar e ser amado. Todos nós buscamos isso, o amor nos proporciona o sentimento de completude, apesar de ser um sentimento ilusório.

Está claro que seu último relacionamento, apesar da infidelidade, deixou boas lembranças, e você não resolveu muito bem essa questão dentro de você. É imprescindível que isso aconteça para poder prosseguir em sua vida afetiva, sem estar com um pé no passado.

Outro ponto importante é que se nas duas únicas experiências teve sofrimentos de origem semelhante, é compreensível que tenha receios da repetição e se enclausure em casa, ou em si próprio. Porém é necessário lembrar que as pessoas não são iguais, o que implica dizer que não necessariamente terá outra pessoa infiel.

Infelizmente por mais que eu fundamente argumentos, eles não encontram eco em suas emoções. São elas que comandam suas decisões, nesse caso optando pelo fechamento em si. Sem se arriscar a única certeza que se tem é a solidão. Em nossa vida afetiva o risco é maior, mas também poderá ter imensas surpresas no caminho. Ou prefere viver como está vivendo?

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