Solos e desastres naturais: o que podemos fazer para nos assegurar desses eventos?

Você deve ter visto a triste notícia do evento que ocorreu no último domingo (09/01/22) na cidade de Capitólio – MG, que deixou inúmeras vítimas. Existem diferentes terminologias para classificar movimentações de massa, no caso de Capitólio houve o tombamento de uma rocha arenítica.

Mas o que isso quer dizer? Quando a rocha sofre a ação de agentes erosivos que podem ser: a chuva, o vento, um rio e até mesmo a gravidade, ela se torna suscetível, ou seja, propensa a se movimentar. Em Capitólio, a rocha em questão possuía rupturas – que foram intensificadas pelas fortes chuvas – o volume da água a tornou mais pesada e, pela ação da gravidade, ela tombou.

Uma rocha é formada por um mineral ou uma associação de minerais que juntos constituem uma estrutura firme. Existem diferentes tipos de rochas que variam de acordo com sua composição e sua origem, podendo ser ígneas, sedimentares e metamórficas. Elas são fundamentais para o suporte a vida já que dão origem aos solos.

O solo, por sua vez, é um elemento de destaque no meio ambiente e possui extrema importância. É nele que vivemos, construímos nossas casas, plantamos nosso alimento e onde a água aflora dando origem aos nossos tão importantes rios.

Um manejo adequado é essencial para não o tornar suscetível a erosões e perda de qualidade; e as árvores são grandes aliadas, já que, além de auxiliar na sua contenção por meio de suas raízes, fornecem matéria orgânica em forma de folhas, frutas e ramos, que quando decompostos o torna mais fértil.

Para manter o solo saudável também é necessário prestar atenção na forma de cultivo agrícola. A rotatividade de culturas é de extrema necessidade, o plantio de uma única cultura o torna deficiente em alguns nutrientes. Desta forma, um manejo recomendável é o planejamento de plantios, assim como o consórcio de diferentes culturas.

Uma outra prática que vem ganhando força é o do sistema agroflorestal, que possibilita o cultivo agrícola e de árvores nativas para o estabelecimento de florestas. Isso garante maior fertilidade do solo, uma produção mais saudável, além de todos os benefícios que uma floresta proporciona.

É importante também falar de práticas não recomendáveis que trazem prejuízos. Algumas delas são o uso indiscriminado de agrotóxicos e fertilizantes que apresentam potencial de contaminação, não só do solo mais também da água superficial e subterrânea. O fogo também é uma prática muito comum, porém equivocada, quando um terreno é queimado para a renovação da pastagem, por exemplo, o solo perde sua fertilidade, pois tanto a matéria orgânica ali presente e os animais são queimados.

Embora processos erosivos e movimentos de massa sejam eventos naturais no meio ambiente, eles podem ser acelerados por alguns manejos citados acima. Por isso, não pisemos em falso! Vamos cuidar dos nossos solos e sustentar nossas atividades pautadas em uma gestão eficiente desse importante recurso!

Paula Gonçalves da Fonseca e Souza- Colaboradora Técnica da Coordenadoria de Meio Ambiente de São Pedro

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