Pânico (I) – Sintomas

Descrita oficialmente em 1980, os estudos sobre a síndrome do pânico se fundamentam na neurobiologia e neurociência. Somam-se a eles conhecimentos no âmbito orgânico e medicamentoso para tratamentos eficazes.

Sensação de morte iminente, surgimento súbito de extrema angústia, pensar estar enlouquecendo são alguns dos sintomas de uma crise de pânico. Palpitações intensas, falta de ar, tonturas, vertigens, secura na boca, calafrios, formigamentos pelo corpo também são frequentes nos poucos minutos de sua duração. Passada a crise a pessoa é tomada de terrível insegurança, medo de morrer e profunda tristeza.

Em 1984 foi criado um grupo de pesquisa na Unicamp e o Dr. Mário Eduardo Costa Pereira ainda médico residente o integrava. Tive a grata oportunidade de ter contato com seu trabalho e posso afirmar sua competência profissional. Diferentemente dos psiquiatras de sua época, adotou a psicanálise como ferramenta cujo imperativo de sua atuação é dar voz ao doente. “Nossa abordagem do pânico não é genética, nem neurobiológica, e sim psicopatológica, no sentido de escutarmos o paciente para saber como ele vivencia o transtorno e organiza sua vida, e que tipo de consideração emocional, afetiva ou conflitiva encontra-se em jogo no desencadeamento da crise”, afirma.

Sua tese de doutorado pela Universidade de Paris VII resultou no livro “Pânico e Desamparo”.

Fonte:http://www.unicamp.br/

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“Os pacientes histéricos sofrem principalmente de reminiscências”. (Sigmund Freud)

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Já conheci mulheres muito interessantes de minha faixa etária, mas a maioria vive do passado. Quase sempre têm uma história de sofrimento com outro homem e resolvem nos contar nos afastando. Não tem nada pior do que ouvir história de outro homem. Muitas vezes o cara apenas deixou de amá-la e ela quer recuperar tudo o que perdeu. Porque isso acontece? Homens não falam mulheres sim.

Jonas, 40.

 

Uma queixa não pode ser universalizada como o fez no final. Há homens que falam de suas experiências passadas a quem ele inicia um relacionamento, assim como há mulheres que preferem deixar isso no passado. A questão não está no gênero masculino ou feminino, e sim na forma como alguém elaborou (bem ou mal) o luto do relacionamento anterior.

Toda sua queixa é marcada pela dicotomia homem x mulher, onde faz parecer que o primeiro (você, especificamente) tem maior nobreza que o segundo (uma suposta mulher). Ao desenvolver sua queixa com esse parâmetro, sem mesmo perceber está se colocando como parte dela. E se você é parte do problema, deve também se responsabilizar como parte de sua solução.

Além disso, desconfio que essa queixa se refira a alguma tentativa recente. Considere também que muitas pessoas necessitam falar sobre essas experiências, pois assim fazendo atravessam mais rapidamente pela questão. Cada pessoa tem sua própria forma de sentir, pensar e agir.

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