Virtual (IV) Do Virtual ao Real

Em 2012 A Tribuna Piracicabana trouxe como manchete em uma de suas edições o movimento liderado pelo Veículo de Intervenção pelo Direito Animal (V.I.D.A.) contra maus tratos a animais nos rodeios. É uma reinvindicação mais do que justa, já que se sabe a que são submetidos os animais para que a “festa” aconteça.

Mas queria lembrar como a organização do evento aconteceu. Ainda que alguns encontros dos ativistastenham acontecido, uma organização efetivamente aconteceu via rede social. Um fez contato com outro que falou a outro, etc. Em poucos dias havia centenas de simpatizantes do movimento, e o que parecia um ato isolado de um pequeno grupo se manifestou forte na rede.

Mesmo que poucas pessoas fossem realmente conhecidas entre si, o ideal era o mesmo e por ele os vínculos se estabeleceram rapidamente. As pessoas se conectavam do trabalho, de casa, de dispositivos móveis. O protesto ganhou consistência.

Ao mesmo tempo os interessados na continuação dos rodeios se infiltraram para um confronto. De um lado o V.I.D.A. buscava conscientizar os maus tratos com argumentos racionais e vídeos demonstrando o que é feito para que os animais “saltem” tanto na arena. Mas os defensores dos rodeios rebatiam de forma pouco civilizada, muitas vezes com insultos. De certa forma os debates refletiram a maneira como lidam com os animais, na base da pancada.

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“O pensamento é o ensaio da ação”. (Sigmund Freud)

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Com 28 anos, nunca tive um relacionamento sério. Dizem que sou bonita, mas não consigo acreditar nisso nem me sinto capaz de fazer alguém gostar de mim. Tenho grau universitário, crio um escudo e afasto as pessoas, com medo da rejeição. Quando inicio um relacionamento frequentemente ouço que sou boa demais para ele, que mereço alguém melhor, e fico cada vez pior. A pouca autoestima que tenho desaparece, e isso atinge todas as esferas de minha vida (pessoal, profissional, emocional, etc.). Estou no fundo do poço e preciso de ajuda!

Júlia.

 

Um tratamento psicanalítico irá além do temor à rejeição. Ele deverá lhe lançar vários desafios dos quais tem fugido, para lidar diferentemente com esses incômodos (sintomas). Sua consciência sobre o problema lhe ajuda a entendê-lo, mas você já percebeu que isso não resolve. Se fosse assim seria fácil.

Viver constantemente na defensiva favorece sua baixa autoestima. Quando incorporamos a surpresa como o inevitável da vida, descobrimos muita coisa positiva nela. Mas como a posição defensiva alinha-se com a rejeição, a parceria entre rejeição e defesa é muito estável e dificilmente você reverte isso sozinha.

Evitar medicamentos é imprescindível. Sua vida emocional fica mascarada pelos “efeitos benéficos” que certas drogas proporcionam, mas quando suspensas os sintomas retornam. A psicanálise não mascara o sintoma, ela atua na causa.

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