Novo Herodes

José Maria Teixeira

 

Na historia do cristianismo está registrada a façanha inominável de um personagem de nome Herodes. Segundo a narrativa a historia se repete. Herodes era governador da Judéia na época em que Jesus Cristo teria vindo ao mundo na cidade de Belém que pertencia aos domínios de seu governo. Ao receber a noticia através dos reis magos que munidos de presentes buscavam saber onde o Cristo havia nascido para visitando presenteá-Lo. Habito que permanece até os dias de hoje de visitar os que nascem oferecendo-lhes presentes. Estes ainda que não sejam ouro, prata ou mira correspondem pelo amor com que são dados.

Jesus nasceu em Belém, na Judeia, durante o reinado de Herodes. Por esse tempo, alguns sábios das terras do Oriente chegaram a Jerusalém. E perguntaram: “Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.

Ao ouvir isso, o rei Herodes ficou perturbado, e com ele todo o povo de Jerusalém. A historia não diz mas pelo que ele fez depois agiu ardilosamente.

Reuniu os principais sacerdotes e os mestres da lei e lhes perguntou: “Onde nascerá o Cristo?”.

Eles responderam: “Em Belém da Judeia”. Pois assim disse o profeta:

“E você, Belém, na terra de Judá, não é a menor entre as principais cidades de Judá, pois de você virá um governante que será o pastor do meu povo, Israel’”. (Mateus 2:1-6)

Aos reis magos, ante o desconhecimento de todos e a certeza do nascimento firmada pelos profetas e corroborada pelos sacerdotes e mestres da lei Herodes manifestou o desejo de também visitar a Jesus e ordenou lhes que fossem e ao retornarem dissessem onde se encontrava o menino e ele lá iria também prestar suas homenagens. Os reis magos foram e encontraram o recém nascido menino Jesus junto a sua mãe, numa manjedoura em Belem de Juda.  Adoraram-nO e presentearam-nO com ouro, incenso e mira. No entanto, Inspirados voltaram por outro caminho. O fato é que Jesus havia nascido e o que dEle disseram os profetas especialmente quanto ao poder:

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz”. (Daniel 7:14)
E foi-lhe outorgada toda a autoridade, glória e posse do Reino, para que todos os povos, nações e línguas o adorem e o sirvam; o seu domínio é domínio eterno, que jamais terá fim; e o seu Reino jamais será destruído.

Isto tornou-se uma tortura permanente para Herodes: ser enfrentado em seu poder por uma criança!!! Assim pensando buscava todos os meios para chegar a esse menino rei. Mas José e Maria protegendo o filho em tempo, mudaram de lugar sem deixar rastro. Herodes sentia –se  profundamente ferido e ameaçado em seu sentido de poder. Ter o povo sob seu jugo com poder de vida e morte. O tempo urgia ante a necessidade imperiosa de encontrar esse rei menino. Ele não tinha uma PF (policia federal) para ordenando buscasse onde fosse esse menino detendo também os pais. Não havia INTREPOL para se preciso ultrapassar os limites do reino e deter os perseguidos, isto é, o menino recém-nascido e profetizado rei. Contudo, como se diz popularmente o poder subiu à cabeça e Herodes se considerava ser ele todo poder a quem tudo é possível. Então, fez os seus cálculos e concluiu: o menino não tem mais que dois anos. Assim determinou a matança dos inocentes abaixo dessa faixa etária. Entre estes para ele estaria seguramente o menino profetizado rei e salvo o seu reinado conforme pensava.

Mas afinal quem é o novo Herodes? Como já se disse a historia se repete. Porem, não univocamente isto é não do mesmo jeito com as mesmas pessoas e meios.  Mas de forma semelhante e relativa aos fatos. O novo Herodes não é rei é presidente. Preside uma nação formada por três povos: o negro, o índigena e o branco  europeu situada na América Latina em um território medindo 8.540.000 Km² e uma população de 210 milhões de habitantes. Foi eleito para o governo desta nação até então uma republica democrática de direito organizada constitucionalmente pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal fundada em três poderes independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Exatamente aqui revela se o novo Herodes. O presidente  Governa como se fosse rei, isto é, segue sua única e exclusiva vontade e entendimento.  Às favas a Constituição com suas regras, suas normas. O presidente, Jair Messias Bolsonaro é o novo rei Herodes que às vésperas do Natal 2021 está destinando à morte as crianças brasileiras pelo retardo deliberado na aplicação das vacinas para a meninada.  O cidadão comum dado a gravidade da questão pergunta: “…qui droga é essa que está impedindo a aplicação da vacina para as crianças já aprovada da no mundo?”. Mal sabe ele que  o “qui droga” é o Queiroga, ministro da saúde praticando crime a mando do novo Herodes. Pelo mesmo motivo atraso e descaso com a questão da saúde morreram trezentos e tantos mil brasileiras e brasileiros que poderiam estar e não mais presentes entre nós. É o risco que corre a garotada enquanto aguardam a deliberação criminosa para não dizer genocida do presidente senhor Jair Messias Bolsonaro, novo rei Herodes.

A verdade é que embora presidente não disporia de tanto poder ao ponto de se tornar o novo rei Herodes. Ele conta direta e indiretamente com o apoio de servidores públicos de alto escalão em todos os níveis de poder da União para agir como se fosse rei.

Isso tudo, porém, sob o olhar complacente dos guardiãs da sociedade brasileira. Judiciario, Congresso nacional, Ministério publico, Procuradoria Geral da República. Até quando esse caminhar destruidor impune? Conveniência? Não. Apoio Não? Tolerância talvez. Esta porém, tem limite e no status quo do limite nasce a conivência e a demonstração da fraqueza de personalidade de cada um condenando-se a si mesmo pela omissão na função sagrada de que estão constitucionalmente revestidos, zelar pela nação brasileira  Viabilizando a vacinação das crianças, certeza vida sem o novo rei…

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Jose Maria Teixeira, professor

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