Camilo Barioni
Está registrado no Cartório Eleitoral de Piracicaba o “Plano 25 – Experiência para um novo começo”, apresentado pelo então candidato a prefeito Luciano Almeida (DEM). Lemos e relemos o seu “plano de governo” que foi apresentado em prosa e verso durante a campanha eleitoral 2020. Fizemos isso para tentar entender algumas de suas decisões, já como prefeito eleito, em seu primeiro ano de governo.
Não há um único parágrafo ou linha em seu Plano 25 que fale em desativar a Pinacoteca Miguel Dutra ou a Biblioteca Municipal Ricardo Ferraz e transferir seus acervos para o Engenho Central. Também não há um único parágrafo ou linha no seu Plano 25 que fale em fechar o cursinho municipal pré-vestibular gratuito ou o Observatório Municipal Astronômico “Elias Salum”.
Relendo novamente o Plano 25 não encontramos um único parágrafo de que iria, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads), desativar o Lar das Ruas, que atendia cerca de 60 pessoas em situação de vulnerabilidade. Essa decisão foi tomada em plena pandemia da Covid-19. Onde será que estava escrito no Plano 25 que o atual governo iria suspender o chamamento para o esporte, prejudicando centenas de crianças, jovens e adultos? Não encontramos.
Onde será que está escrito que a Prefeitura abriria mão da construção de seu hospital público veterinário? Isso com recursos do governo estadual para as obras e a compra de equipamentos, algo da ordem de R$ 5 milhões. E não lemos no Plano 25 nada a respeito sobre “cortar” recursos do Hospital Ilumina de prevenção ao câncer, que corre o risco iminente de fechar suas portas.
Por outro lado, notamos referência à criação de vários programas que, em um ano, não saíram do papel, entre eles: criação de zeladorias nos bairros (subprefeituras), programa Prevenir, programa Família nos Bairros, Investe Pira, reurbanização da área central, Centro de Inteligência Integrada, Casa de Acolhimento de Mulheres, programa Conectar, convênio com a Marinha do Brasil para fiscalizar o rio Piracicaba.
Já decorrido um ano do atual governo, não vimos essas questões serem debatidas, nem incluídas no Orçamento Municipal da Prefeitura para o exercício 2022. Será que o Plano 25 é apenas um “faz de conta” criado para iludir a população e ganhar as eleições municipais?
Está na hora dessa gestão trabalhar mais e errar menos. Um ano é tempo suficiente para detalhar e implantar alguns desses programas, que possuem nomes bonitos e marqueteiros e, ao que nos parece, alguns são inviáveis ou de pouca possibilidade de implantação. O ano de 2022 está chegando e chegou a hora de pôr a mão na massa, não deixando que o Plano 25 torne-se uma fraude eleitoral.
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Camilo Barioni, presidente do Diretório Municipal do PSDB de Piracicaba