Caldeirão Político

AGILIDADE — I
Durante a inauguração da nova unidade do Assaí Atacadista na última quarta-feira, os diretores da rede elogiaram o desempenho da atual Administração que trabalhou de maneira eficiente, oferecendo todo o respaldo necessário em relação aos trâmites burocráticos para que as obras em Piracicaba se iniciassem o mais rápido possível. Isso é bom, para não dizer obrigação.

 

AGILIDADE — II
Segundo os diretores do Assaí, o trâmite em outros municípios, das discussões iniciais com o Executivo até a conclusão das obras, costuma levar até dois anos. Em Piracicaba, o prazo foi de nove meses. Palmas para o secretário José Luiz Guidotti Junior, titular da Semdettur.

 

AGILIDADE — III
Em tom bem-humorado, o secretário da Semdettur, José Luiz Guidotti Jr., disse que a parceria entre a rede Assaí e a atual Administração foi uma gestação tranquila de nove meses, que resultou em vários benefícios para a cidade de Piracicaba. Nove meses representam uma gravidez, com um ótimo nascimento.

 

AGILIDADE — IV
Estaria a Semdettur adotando o mesmo modelo de apoio técnico para as empresas, como ocorre com a Agência InvestSP, que, não por coincidência, foi criada pelo prefeito Luciano Almeida, sendo o seu primeiro presidente?

 

PREFEITURITE — I
Foi só faltar Rivotril nas farmácias da cidade para que os pacientes que sofrem da síndrome de Prefeiturite (não aceitação da perda do poder, incapacidade de entender que o seu projeto de governo e a sua concepção de política foram rejeitados pela maioria) saíssem da toca nesta semana. E a governite vai bem?

 

PREFEITURITE — II
Foi o que aconteceu com um certo paciente que sofre desta enfermidade, conhecido de todos, na última terça-feira no Engenho Central, durante o evento RetomaSP, que contou inclusive com a presença do vice-governador Rodrigo Garcia. Ciscando para todo lado, ele fez de tudo para aparecer nas fotos, filmagens e entrevistas.

 

PREFEITURITE — III
Quem estava no evento revelou que o paciente que sofre de prefeiturite esticou tanto o pescoço para se aproximar das autoridades que deve ter saído do Engenho Central com um baita torcicolo. Ou seja, além do ansiolítico, agora ele vai ter que comprar também um relaxante muscular.

 

CONFIRMAÇÃO — I
Estes dias o Fernando Vieira, líder de bairro e repórter comunitário, ligou no Centro de Comunicação Social (CCS) da Prefeitura para confirmar a sua participação na apresentação da Lei Orçamentária Anual (LOA) no Teatro Municipal. Até aí tudo bem.

 

CONFIRMAÇÃO — II
O problema é que ele insistiu para que alguém do CCS, posteriormente, ligasse para ele para reafirmar a sua confirmação de presença. Ninguém conseguiu entender esse comportamento….

 

FECHADA — I
A Galeria do Plenário “Francisco Antonio Coelho”, da Câmara, ficou fechada na quarta-feira à tarde, durante a 43ª reunião extraordinária. A decisão do presidente Gilmar Rotta (Cidadania) foi criticada pelo Sindicato dos Municipais de Piracicaba e Região, que entrou com pedido, que não teve efeito, no Ministério Público para que, pelo menos, cinco cidadãos pudessem acompanhar os trabalhos legislativos – sendo três da entidade sindical. Lamentável tudo isso.

 

FECHADA — II
As justificativas de Gilmar foram em torno do que aconteceu na segunda-feira (13), quando ocorreu tumulto que impediu a continuidade dos trabalhos. “Quero fazer um esclarecimento à população, de que hoje essa sessão extraordinária está com as galerias vazias (…) porque tivemos discussões, problemas, com pessoas que estavam na galeria e que obrigou a esse presidente a encerrar os trabalhos”, disse, no início das sessões de quarta-feira (15). Explicoou bem.

 

FECHADA — III
Durante a sessão de quarta, Gilmar recebeu apoio dos vereadores Laércio Trevisan Jr. (PL) e Anilton Rissato (Avante). “Gostaria de deixar registrado que concordo plenamente com a Mesa Diretora com as atitudes tomadas, o que ocorreu na sessão passada (segunda, 13) foi muito grave”, disse Trevisan, ao lembrar que houve desrespeito, com “ofensas gravíssimas”, “ameaças de morte” e “homofobia contra vereador da Casa”.

 

FECHADA — IV
Trevisan Jr. salientou, ainda, que encaminhou ao presidente do Legislativo o Ofício 289/2021 para que sejam criados os cargos da Polícia Legislativa, com o objetivo de ampliar a segurança na Câmara. “Também estou pedindo a instalação na porta de detector de metal e, na frente do estacionamento, para que seja reforçado com telas e outras providências”, disse, ao se justificar diante da possibilidade de algo mais grave ocorrer. Mais despesas?

 

FECHADA — V
Rissatto disse que concorda com a “não entrada da participação do cidadão aqui hoje”, disse, ao se justificar pelas “circunstâncias do que ocorreu”. Ele sugeriu ainda que devem ser proibidas não apenas pessoas “que fizeram baderna, mas qualquer outro que tiver esse tipo de atitude”, refletiu. “Não podemos aceitar”, enfatizou, ao dizer que “concordo com a proibição deste tipo de gente aqui”, concluiu.

 

FECHADA — VI
Contrária ao fechamento da Galeria do Plenário da Câmara, a vereadora Rai de Almeida (PT) também expressou seu descontentamento. “Na segunda-feira, tivemos muitos problemas, de fato, não sou favorável a nada que possa extrapolar e que depõe contra a boa ordem do serviço, no entanto, eu discordo de fechar as portas e a participação das nossas assessorias e das pessoas que querem nos assistir”, disse.

 

FECHADA — VII
Sem dúvida, o fechamento da Câmara é lamentável, não apenas por cercear o debate político, mas também pelas graves ocorrências registradas na Casa na segunda-feira (13). Este Capiau, idoso e cansado, lembra que, em outros tempos, quando foi votado o aumento dos salários dos vereadores em 66%, o Legislativo também se fechou e, na ocasião, não foi positivo. Talvez seria hora de pensar em soluções mais pontuais e não tão extremas. Certamente, por sua sensatez, Gilmar pensará em algo que contribua ao debate público.

 

DESPREZADA — I
Enquanto o Sindicato dos Municipais (leia-se: Osmir Bertazzoni) mantém desavenças com alguns vereadores, os servidores da Câmara conquistaram uma reforma administrativa (positiva e justa, diga-se) sem qualquer participação dos representantes sindicais. Foi um trabalho articulado pelos servidores – representado pelos chefes de departamentos –, em diálogo com a Mesa Diretora, e que mostra visível desprezo da categoria com a entidade. Isso quer dizer que seria uma campanha para criar outra entidade?

 

DESPREZADA — II
Não é de hoje – e esse Capiau escuta muito por aí –, o sindicato deixa a desejar quando a categoria anseia por melhorias salariais e de condições de trabalho. Nas últimas assembleias da entidade, que contaram com forte mobilização dos servidores da Câmara, houve pouco retorno dos sindicalistas. Não conquistaram aumento salarial e tampouco foram mobilizados para fazer um enfrentamento diante da Administração.

 

OSMIR — I
Por sua vez, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Municipais, José Osmir Betazzoni, tem uma história como sindicalista e em defesa do setor. “O ato do presidente de fechar a Câmara para fazer uma sessão secreta foi uma monstruosidade, deixou professoras e outeiro profissionais na chuva sem sequer poder usar o banheiro ou beber água”, afirma o advogado e jornalista Osmir, para quem, também, “nada dantes visto em nossa urbe”.

 

OSMIR — II
“A Câmara de Piracicaba está tão chata, que se você disser que é intolerante a lactose, é capaz do vereador Trevisan Junior processar você por ofender a vaca”, compara o sindicalista José Osmir Bertazzoni. Todos conhecem a história de lutas de Osmir e, por isso, é certo que haverá ainda muita discussão pela frente. Seria bom que os ânimos fossem acalmados para o bem de todos.

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