Eleições na OAB: a hora e a vez das mulheres

Max Pavanello

 

Na próxima quinta-feira, 25, teremos eleições na OAB em todo Estado de São Paulo.

Nas cidades do interior, advogadas e advogados participarão de duas eleições, uma para a OAB Estadual e uma para a Subseção. Pela primeira vez, ambas as eleições serão em urna eletrônica.

Primeiro se vota para a Secional, chapa com 2 números, e depois para a Subseção, chapa com 5 números.

A OAB Piracicaba, estranhamente, retirou a votação da Casa da Advocacia e da Cidadania, outrora conhecida como Casa do Advogado, e levou para o Sindicato dos Contabilistas, isto gerou insatisfação de vários colegas, que manifestaram seu inconformismo com a medida. Esse entrave certamente acabará por diminuir a quantidade de votantes, apesar da obrigatoriedade.

Aqui em Piracicaba, três chapas concorrem. A da situação, que ficou muda durante a campanha, não apresentou propostas, fugiu de debates, aliás, a candidata até saiu de grupos de advogados no whatsapp para não dialogar com a advocacia. Temos ainda uma chapa de oposição, liderada por eminente advogado criminalista.

Em São Paulo, estou candidato ao Conselho Federal pela chapa 14, liderada por Patrícia Vanzolini e Leonardo Sica, e concorremos com outras 4 chapas, inclusive a da situação, cujo candidato a presidente traiu a advocacia, pois declarou que entendia não ser bom para a advocacia a reeleição, que não seria candidato a reeleição, mas, é candidato.

A chapa que apoiamos e defendemos em Piracicaba é a Muda OAB – Sua Voz Sua Vez, liderada por Vivian Previde e Paula Filzek, Presidente e Vice, respectivamente.

A mudança que queremos é, principalmente, a de atitude, pois entendemos que a OAB/SP e OAB Piracicaba, nos últimos três anos, ficou muda. Aliás, essa é a marca da OAB atual, tanto que a candidata da situação também se calou durante a campanha.

A OAB não se manifestou sobre temas de alta relevância para a advocacia e que nos afetaram diretamente, alguns exemplos: não se manifestou sobre as audiências virtuais, sobre o fechamento dos escritórios de advocacia durante a pandemia, sobre a restrição de horário para advogados entrarem nos Fóruns (apesar da Lei nº 8906/94 nos garantir livre acesso independentemente de horário), sobre a obrigatoriedade do passaporte da vacina com as duas doses tomadas, etc.

Nos alinhamos às duas chapas citadas acima, a 14 e a 10082, porque ambas são encabeçadas por duas mulheres, e consideramos que, depois de mais de 90 anos de OAB (São Paulo e Piracicaba), chegou a hora da presidência ser exercida por elas.

Mas, apesar de ser a hora e a vez das mulheres, não pode ser quaisquer mulheres, uma mulher para liderar a OAB deve ter assertividade, combatividade, capacidade de liderança e de mobilização, características preenchidas por Patrícia Vanzolini e Vivian Previde.

Sem assertividade e combatividade a liderança da OAB fica fraca e a advocacia acaba pagando um alto preço. Tais características devem ser complementadas com capacidade de liderança e de mobilização, pois, sem a advocacia ao seu lado, a Presidência também se enfraquece.

A advocacia e a democracia precisam de uma OAB forte, uma OAB que tenha voz, e para isso pedimos o voto para a chapas 14 (#mudaoabsp) em São Paulo e a chapa 10082 para Piracicaba (Muda OAB – Sua Voz Sua Vez).

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Max Pavanello, advogado e candidato ao Conselho Estadual da OABSP

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