BOLA DA VEZ — I

Depois do Hospital Ilumina não ter o seu contrato renovado com a Prefeitura de Piracicaba e corre o risco de fechar, mas três entidades sociais estão na com o mesmo problema, sob a Administração do prefeito Luciano Almeida (Democratas).

 

BOLA DA VEZ — II

Essas entidades se reuniram com técnicos da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) que avisou de que correm o risco de ter os seus contratos não renovados. Uma preocupação geral!

 

BOLA DA VEZ — III

Representantes das entidades deixaram a reunião consternadas porque prestam há anos bons — e  serviços à comunidade e sempre tiveram o apoio público. Agora estão todas assustadas com esse encaminhamento da Smads que foi categórica ao afirmar de que os seus contratos não serão renovados para 2022. Diriam: “saudade de Barjas?”. Quem sabe?

 

BOLA DA VEZ — IV

Agora, resta às entidades pedir socorro às autoridades constituídas, principalmente a Câmara de Vereadores de Piracicaba, que é a porta voz da população. Resta saber qual será a posição do Poder Legislativo.

 

BONITA

O Sarau da Resistência, que aconteceu no último domingo (14) foi o maior sucesso! Mais de seis mil pessoas estiverem no Largo dos Pescadores participando de atividade coletiva e festiva em protesto contra a Semac, contra a Prefeitura e a forma como elas vêm conduzindo a pasta na cidade. Como se diz no popular, o Sarau bombou! Isso faz bem aos ares democráticos.

 

BAIXA — I

Pela primeira vez na história da Cultura em Piracicaba a cidade viu uma manifestação tão grande e tão diversa contra a Semac. A voz corrente entre todos os que participaram do Sarau – entre público e artistas – era de que o senhor secretário Adolpho Queiroz (PL) está conseguindo se firmar como o pior secretário da Ação Cultural até hoje. Quem deve estar lavando a alma é a ex-secretária Rosangela Camolesi (PSDB), que, em suas gestões, também enfrentou críticas dos artistas. Mas nada parecido.

 

BAIXA — II

Na onda da Semac, não faltaram críticas e gritos de guerra também contra o prefeito Luciano Almeida (Democratas). O bochicho corrente entre os seis mil presentes era de que o prefeito não tem projetos para a cidade – e nada sabe de cultura. A rejeição a Luciano era evidente entre os que estavam no Largo. Ainda dá tempo de reverter essa onda baixa? Depende do chefe o Executivo e do seu secretário imediato da área.

 

UNIDOS

Outra fala corrente foi a de que muitos dos votos que elegeram o prefeito Luciano Almeida vieram, ao que parece, dos artistas – cansados que estavam da gestão anterior e da forma com que as políticas culturais vinham sendo conduzidas na cidade. No entanto, a sensação entre todos que estavam no Largo é de que a mudança foi para pior. E que a falta de diálogo com artistas e os desmando na Cultura já estão marcadas na memória do piracicabano.

 

“FORAS”

Muitos brados foram ouvidos durante o Sarau da Resistência – que teve início por volta das 15 horas de domingo e se estendeu até à noite. Não faltaram os “fora Luciano”, “fora Adolfo” e mesmo – no encerramento – um sonoro “fora, Bolsonaro”. São os “foras”, manifestação que faz parte da expressão dos descontentes.

 

DIÁLOGO

O que choca nessa questão com os artistas, mais uma vez, é que no cabo de guerra da Semac com a classe artística e com todos os cidadãos e cidadãs amantes das artes e do patrimônio histórico piracicabano é que a falta de diálogo está definitivamente selando o destino e a história dessa gestão em menos de um ano de mandato. O que motiva isso? Falta de habilidade? Orientação equivocada? Teimosia? Gana pelo poder? Perde a cidade. Perdem os artistas. Perdemos.

 

PINACOTECA

Ainda sobre a questão da Pinacoteca, também o que se ouvia era que a Prefeitura e a Semac podem até vencer a demanda – a contragosto do povo. Mas a derrota política do prefeito será certeira. Ao que pesem as defesas acaloradas feitas por vereadores da situação nas sessões plenárias da Câmara, fato é que a atual gestão vai entrar para a história piracicabana prefigurando uma página triste e funesta. Ainda dá tempo de reverter isso? Depende do prefeito.

 

CORTADO

A Tribuna, este Capiau, diretor Evaldo Vicente — que não é ex-amigo do secretário Adolpho Queiroz, mas o considera como sempre o considerou — não consegue, sequer, uma resposta, um contato com ele, titular da pasta da Semac, porque foi bloqueado no celular e no WhatsApp. Portanto, quando ele desejar se manifestar, sabe que nossas colunas estão livres e à disposição para se manifestar, como sempre o fez, seja com artigos, com notas ou matérias. Aqui, Adolpho, vivemos em ritmo de gratidão e de serviço.

 

ENCERRANDO

Ao encerrar esta simples coluna de um Capiau idoso e cansado, não poderia dispensar o registro de que na loja Havan não há o caixa número 13, lá fica agora uma Bandeira do Brasil. Contam que, desde 2018, os proprietários eliminaram o 13 (número da legenda do Partido dos Trabalhadores) para mostrar o protesto com o ex-presidente Lula (PT), num apoio direto ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ignorância faz parte da política, mas estupidez, não. Ou só quiseram, os donos, fazer um marketing bem feito, pois é encantador o local e o bom comércio que lá opera. Ou, ao número 13, fica muito bem colocado o “auri verde pendão da minha terra”, na expressão de Castro Alves.

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