Doentes pelo poder

Francys Almeida

 

Quando analisamos o cenário político nacional, comparando com Piracicaba, vemos que há semelhanças enormes. Algo que resume isso é a síndrome do pequeno poder.

Atitude de autoritarismo de um indivíduo que, ao receber poder, não se importa com nenhuma consequência, ainda que prejudique a coletividade, não tendo empatia e respeito, mesmo diante de uma catástrofe, o corte de abastecimento de itens básicos, a demissão de chefes de família, nada os comove.

Segundo a psicologia, é uma atitude de autoritarismo de alguém que recebe poder e usa de  forma absoluta e imperativa sem se preocupar com as consequências e problemas periféricos que possa vir a ocasionar.

Existe um curioso provérbio iugoslavo que diz: “se quiser saber como uma pessoa é, coloque-a numa posição de poder”.

Do prefeito higienista social ao vereador neofascista, do advogado neófito ao administrador tolo, a síndrome do poder pequeno prejudica a coletividade, com foco principalmente na ganância e no egocentrismo de ignorantes.

É importante fazer, do limão, uma limonada. Ainda que seja uma laranja lima, ao ser pressionada, arenga e produz suco.

“Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”, escreveu Nelson Rodrigues.

Ainda assim, precisamos limitar o poder dos que não tem capacidade para tê-lo, principalmente por serem incapazes de construir algo positivo.

_____

Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, militante partidário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima