Escândalo no PL

Francys Almeida

 

O Partido Liberal (PL), presidido por Valdemar Costa Neto, envolvido no famoso caso do Mensalão —  julgado e condenado no escândalo a cumprir sete anos e dez meses de prisão —, ao que parece, fez escola em Piracicaba.

O líder nacional do PL cumpriu pena em regime semiaberto e aberto e cumpriu o resto em casa, usando tornozeleiras.

Em Piracicaba, o PL é dirigido pelo vereador Laércio Trevisan Jr, e é o partido da incoerência prática, pois “combateu a corrupção” do governo Barjas Negri (PSDB), mas agora encontrou “carguinhos” para se apoiar e Trevisan segue um gatinho, ou leão sem dentes, como falam na Prefeitura, sendo o “governante de fato” de Piracicaba (?).

O Ministério Público (MP) investiga ‘rachadinha’ e uso da máquina pública em gabinete, ou seja, corrupção! Semelhante à vereadora cassada em São Paulo, a acusação do MP deu prazo para a defesa, e que seja ampla, para que se esclareçam os fatos.

Segundo o Ministério Público, o vereador usa máquina pública para promover seu projeto Fala Pira, e o promotor apontou haver indícios de ‘indevida mistura’ entre público e privado no gabinete do vereador.

O Ministério Público do Estado de São Paulo abriu inquérito para investigar denúncia sobre número excessivo de assessores, divisão de salários entre esses servidores e obrigatoriedade de pagamento de despesas do escritório onde está sediado projeto do vereador Cássio Luiz Barbosa, o Cássio Fala Pira (PL).

A representação indica que o parlamentar teria, em seu gabinete, assessores em número maior que a quantidade de cargos prevista em lei e que, para viabilizar isso, Cássio exigiria que os assessores formalmente nomeados dividissem seus salários com os assessores informais, o que é crime! Segundo relatado, o escritório “Fala Pira” custa R$ 3000,00 mensais e teria os custos divididos por assessores, com dinheiro público.

Em caso semelhante, o ministro Alexandre de Moraes decidiu sobre a rachadinha: “Clara e ostensiva modalidade de corrupção, que, por sua vez é a negativa do Estado Constitucional”.

A rachadinha é crime de enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio público. E o PL de Piracicaba tem a disponibilidade de abrir as contas de seus edis Laércio Trevisan Jr e Cássio Fala Pira?

Temos, no PL, corrupto combatendo a corrupção? Espero que não! E todos esperam que não. E que se dê oportunidade de esclarecer e que possamos averiguar que não se trata de crime. Mas só o tempo dirá.

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Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, dirigente partidário em Piracicaba

 

 

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