Um ano de Expresso 15: não há o que se comemorar

Reinaldo Diniz

 

Domingo passado, o “Expresso 15”, programa sob meu comando em parceria com o Portal Nova 15, completou um ano no ar. A estreia foi até destaque neste matutino. O programa conta com notícias, entrevistas com pessoas ou grupos que desenvolvem trabalhos sociais, culturais, políticos, educacionais e ambientais, interações com o público e uma variada programação musical. A nossa proposta é levar múltiplos conteúdos para os ouvintes e internautas, baseando em cinco pilares essenciais: educação, cultura, informação, conhecimento e entretenimento, com foco no incentivo ao debate de ideias, liberdade de expressão e formação de opinião.

Mas se você pensa que data foi de comemoração, engana-se. Logo na primeira edição, foram discutidas as diferentes formas para a luta contra o racismo, e que em tempos me parece que estamos longe de cessarmos estas ações negativas.

O racismo é uma das mais longas e piores pandemias existentes no planeta. O combate ao preconceito relacionado a cor da pele é uma luta da humanidade e independe de ideologias políticas. O racismo está presente em todos os lugares: na escola, no trabalho, na rua, na família. É um ato doentio, violento e criminoso. Inúmeros negros são assassinados ou agredidos fisicamente ou verbalmente em todo o mundo. Ações que contrariam a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948, ao determinar que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos, sem distinção de raça, cor ou sexo.

A vítima sobrevivente do racismo é passível de marcas inimagináveis para aqueles que estão longe de sofrer este crime. Marcas como dores, tristezas e um mergulho nas profundezas dos sentimentos ordinários. Isto porque ela passa a criar um pensamento negativo subjugado sobre sua própria identidade e corpo. É preciso e necessário, sendo assim, a adoção de políticas públicas e ações educativas para o combate ao preconceito racial, e que a sociedade entenda e esteja preparada para o serviço da promoção da igualdade, da justiça e do respeito às diversidades, reconhecendo o lugar ao mundo de todos os indivíduos.

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Reinaldo Diniz, jornalista, (Instagram @reidiniz)

 

 

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