Barjas Negri
Recentemente foi publicado o ranking da universalização do saneamento edição 2021. A pesquisa é promovida pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) que coleta dados de 1.667 cidades brasileiras onde moram 144 milhões de habitantes, representando 69% dos brasileiros. Piracicaba pelo quinto ano consecutivo mantém o 1º lugar na companhia de outras três cidades paulistas: Hortolândia, São Caetano do Sul e Birigui. Todos com 500%.
A pesquisa destacou 37 cidades, todas com mais de 100 mil habitantes e na categoria Rumo à Universalização, com 489% num total de 500%, sendo que 24 cidades do Estado de São Paulo. Os indicadores utilizados foram: 1- abastecimento d´água, 2- coleta de esgoto, 3- tratamento de água, 4- coleta de resíduos sólidos (lixo) e 5- destinação de resíduos sólidos.
De todos loteamento e núcleos habitacionais registrados na Prefeitura de Piracicaba tem 100% de abastecimento d´água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto, coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Além disso, temos mais de 30 comunidades totalmente atendidas com saneamento básico e outras 10 com atendimento parcial e, lamentavelmente, um pequeno número de núcleos sem atendimento, porque foram criados recentemente em áreas particulares.
Tudo isso foi fruto de planejamento, muito trabalho e dedicação, de decisão política e de ações da Prefeitura, do Semae e da Câmara de Vereadores. Ter água encanada em casa, coleta de esgoto e de resíduos sólidos garantem melhorias na saúde pública, com a redução de doenças, da mortalidade infantil e materna. Ter tratamento de esgoto e destino adequado para os resíduos sólidos contribuem com o meio ambiente e sustentabilidade em Piracicaba, com proteção dos córregos, ribeirões e rios; destinação e tratamento de resíduos sólidos é compromisso público do Plano Nacional de Resíduos Sólidos e Proteção do Meio Ambiente (PNRS). E Piracicaba, mesmo com eventuais falhas, enfrentou todas essas questões, tornando-se referência nacional e modelo a ser seguido por muitas cidades brasileiras.
Não é demais lembrar que mais de 15% da população brasileira não recebe água tratada em casa, quase 47% da população não tem esgoto coletado e menos da metade do esgoto coletado não é tratado. Em Piracicaba, a situação é bem diferente. Em relação ao resíduo sólido o quadro nacional não é muito diferente, onde 10% das residências não tem coleta de seus resíduos e apenas 58% do que é coletado são destinados a aterros sanitários, havendo muita convivência com aterros controlados ou lixões.
O Semae, com sua parceria público-privada e a Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Sedema), está também com sua PPP, permitiram esses avanços, melhorando a saúde pública e protegendo os mananciais e o meio ambiente. Mesmo com seus problemas, que podem ser resolvidos ao longo do tempo, Piracicaba tem sido exemplo para muitos estados e municípios, sendo agora não apenas referência municipal, mas uma referência metropolitana em âmbito nacional.
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Barjas Negri, ex-prefeito de Piracicaba