Alesp: deputada Bebel diz que “é preciso parar Bolsonaro”

A deputada Professora Bebel, da tribuna da Alesp, defendeu o impeachment de Bolsonaro pelos ataques à democracia – Foto: Divulgação

A deputada estadual Professora Bebel (PT) declarou da tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo, no final da tarde dessa quarta-feira (8), na retomada das sessões presenciais, um dia após as manifestações golpistas de 7 de setembro, com ataques às instituições democráticas, que “é preciso parar (o presidente Jair) Bolsonaro”. Em seu pronunciamento, a Professora Bebel, que é líder da bancada do PT na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), defendeu o impeachment do presidente Bolsonaro.
“Nós não lutamos mais de 20 anos contra a ditadura para que um presidente venha organizar um ato para atacar a democracia. O PT repudia a posição do Bolsonaro, como todas e todos que estavam ontem no Vale do Anhangabaú, no Grito dos Excluídos. Está totalmente fora de ordem a postura de Bolsonaro. Não podemos deixar passar esta afronta e precisamos impedir este ataque à democracia brasileira”, declarou a parlamentar, lembrando que assistiu com muita dor a presidenta Dilma Roussef ser retirada do poder, sem que até agora tenha se comprovado a pedalada fiscal.
Bebel ressaltou as diferenças entre o “Grito dos Excluídos” e as manifestações na avenida Paulista. “São posições disparas, um (Grito dos Excluídos) lutava pela democracia, clamor pelas massas populares, acabar com carestia, contra a miséria e a fome. Já o outro (avenida Paulista) marcado por ataque frontal à democracia, da boca do presidente. Não lutamos em defesa da democracia para que um presidente, eleito legitimamente, para fazer um ataque à democracia e aquilo que é um sustentáculo para poder avançar e cada vez mais ter espaços democráticos. Portanto, o PT repudia a postura do presidente Bolsonaro e não só o nosso partido, mas também outros partidos”.
Para a líder da bancada do PT na Alesp, a postura de Bolsonaro, com ataque frontal ao STF, e inclusive chegou a cogitar convocar o Conselho da República, que deve ser chamado para discutir temas como estado de defesa, estado de sítio, mostra que o presidente Bolsonaro está totalmente fora de ordem. “Afrontar o estado de direito não tem outro caminho, senão o seu impedimento. Esses ataques à democracia brasileira têm acontecido sistematicamente. Não tem mais condições de governabilidade e ao invés de avançar em propostas fica atacando as instituições democráticas”, enfatizou.

 

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