Fome e inflação

Francys Almeida

 

O Brasil é o país da salsicha, mas não é por questão cultural: a fome assola a classe média, a substituição de alimentos virou a única opção de suportar a inflação. Um governo desequilibrado, formado por patetas, levou o dólar a mais de 6 reais, com IPCA em 8,06%, mas a alta nos alimentos é assustadora a 43,5%, itens como leite 9,5%, carne 38%, arroz 51%, feijão 58%, óleo 88%. E a balança comercial brasileira registrou alta demanda na exportação de carne: vendemos carne para os “gringos” e damos salsicha à população.
Dos 10 produtos mais comuns na mesa do brasileiro, 24,37% de aumento. As famílias abriram mão de bens e lazer para comer e, infelizmente, os espaços de ajustes impactaram a renda com queda de 2,2% na pandemia. Fazer “sinal de arminha” não resolve absolutamente nada.
É preciso ficar claro que o Brasil necessita de uma administração, não de populistas irresponsáveis. Já 25% da mesa do brasileiro viraram inflação, e a fome é uma realidade. Enquanto isso, os grandes empresários e redes lucram, quer seja nas importações, ou na bolsa de valores, não se importando com o custo social e humano. O egoísmo e radicalização transformaram um país que era moda mundial em 2017, no país do ódio em 2021.
Pra frente Brasil! 64 é agora!
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Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, militante partidário (PCdoB) em Piracicaba

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