Pressionado pela Apeoesp, secretário marca retorno das aulas para setembro

Bebel diz que, mais uma vez, o secretário da Educação mostra que teve que ouvir as ponderações da Apeoesp – Crédito: Divulgação

Depois de anunciar a volta de 100% das aulas presenciais no próximo dia dois de agosto, mais uma vez o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, recua e diz que esse retorno será em setembro, após os profissionais da educação terem tomado pelo menos uma dose da vacina. Para a presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), deputada estadual Professora Bebel (PT), mais uma vez o secretário da Educação mostra que teve que ouvir as ponderações da entidade que preside e sua, enquanto deputada estadual, que tem defendido o retorno das aulas presenciais somente quando todos os profissionais da educação forem vacinados e houver controle da pandemia do coronavírus.

Para Bebel, o anúncio feito pelo secretário Rossieli “é um passo importante, mas as condições para o retorno precisam ser melhores discutidas. A imunização se dá com as duas doses da vacina, já questões relacionadas com a recuperação da aprendizagem, as condições estruturais das escolas, os protocolos sanitários, o número de estudantes nas salas de aula e outros fatores”, ressalta.

Em suas redes sociais, a deputada questiona: “Por que, em vez dessa política de tentativa e erro, o secretário Rossieli não abre um diálogo verdadeiro sobre tudo isso?”

A deputada Bebel adverte que “descumprindo decisão judicial, o secretário mantém a pressão sobre os professores,  funcionários para trabalharem de forma presencial nas escolas. Porém, a realidade se impõe. Apenas cerca de 5% dos estudantes estão frequentando as unidades escolares, porque os pais e mães têm bom senso e foram sensíveis ao diálogo com a Apeoesp, por meio de carros de som nos bairros e outras formas. Mesmo os professores estão trabalhando em rodízio e revezamento. A política da imposição e do autoritarismo está sendo derrotada a cada momento”, mas enfatiza que esta teimosia do secretário e do governador João Doria levou a 2716 casos de covid entre profissionais da educação e alunos, além de 103 mortes, desde o retorno das aulas no final de janeiro deste ano.

 

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