
O Centro de Apoio aos Portadores do Vírus HIV/AIDS e Hepatites Virais – CAPHIV, tem como diretriz de atuação o atendimento humanizado de seus pacientes, que pressupõe a união de um comportamento ético e técnico conciliados às necessidades individuais dos pacientes.
“Considerando a integralidade dos diversos aspectos humanos, nossos profissionais não atuam somente para tratar as enfermidades e passam a cuidar dos pacientes de maneira integral e humanizada”, conta Paulo Soares, presidente do CAPHIV.
Para que ocorra essa integralidade do cuidado é necessário que o trabalho seja realizado em processos coletivos das equipes multiprofissionais e o CAPHIV conta com uma equipe multiprofissional composta por diversos profissionais, como: psicóloga; fisioterapeuta; assistente social; enfermeiras 24 horas; cuidadores; cozinheiras; nutricionista; médicos; fonoaudióloga; psicopedagoga; assessores de imprensa etc.
Com quase 10 anos de fundação e a evolução dos trabalhos realizados pelo CAPHIV, a entidade foi certificada como a única instituição promotora de Direitos Humanos do aglomerado urbano da região de Piracicaba.
“O CAPHIV atua além dos aspectos físicos, nós atendemos os pacientes nas suas dimensões sociais, psíquicas, emocionais e espirituais. Por isso, destaco a importância do trabalho em equipe dos nossos profissionais. Saber trabalhar em grupo, respeitar e escutar, essas são as principais características para a realização e qualificação do nosso trabalho”, conta Soares.
Desta maneira, fica muito claro para todos os parceiros e colaboradores que o CAPHIV tem como sua missão a humanização do trabalho e a valorização de todos os agentes envolvidos, inclusive, propiciando o sentimento de pertencimento e elevando a adesão e criatividade na execução das atividades.
Para Karolyne Fernandes da Silva, coordenadora do CAPHIV, “Humanizar é, também, estimular posturas ativas das pessoas em seu processo de tratamento, reconhecendo-a como protagonista do seu cuidado e valorizando seu saber e conhecimento.”
Atualmente, 40 leitos estão ocupados por pacientes vivendo permanentemente no CAPHIV, que se tornou casa de longa permanência, a CAPVIDA, e alguns dos residentes estão acolhidos há mais de 6 anos. Além dos atendimentos em saúde são realizadas atividades culturais e de lazer; passeios externos e inserção nos cursos profissionalizantes do Centro de Artes e Ofícios – CAOF do bairro Jaraguá.
A humanização no trabalho em saúde vem sendo objeto de intenso debate nacional e internacional. A Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão – HumanizaSUS, implantada em 2006 pelo Ministério da Saúde, possibilitou ampliar esta discussão no País de modo transversal, dentro e fora do Sistema Único de Saúde. Os valores que norteiam essa política são a “autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a corresponsabilidade entre eles, o estabelecimento de vínculos solidários, a construção de redes de cooperação e a participação coletiva no processo de gestão”, finaliza Soares.