Professores pedem reajuste salarial e fim do confisco dos aposentados

Professores realizaram caminhada entre o Masp, na avenida Paulista, até a Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República – Foto: Divulgação

Carregando faixas e cartazes, em caminhada entre o vão livre do Masp, na avenida Paulista, até a Praça da República, aonde está localizada a Secretaria Estadual da Educação, em São Paulo, professores de diversas regiões do Estado protestaram contra a volta das aulas presenciais, sem que todos os profissionais da educação estejam vacinados e haja o controle sanitário da pandemia do coronavírus. Na manifestação, defenderam a valorização do magistério, pediram reajuste salarial e se posicionaram contrários ao aumento no desconto previdenciário de aposentados e pensionistas, por concurso público e para o reajuste salarial. A manifestação foi organizada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) em dia de luta da categoria, também em defesa da vida, disse a presidenta da entidade, a deputada estadual Professora Bebel (PT).

Na manifestação, os professores pediram reajuste salarial e denunciaram que o piso salarial da categoria no Estado de São Paulo está abaixo do estabelecido nacionalmente. “São Paulo, o Estado mais rico da federação, paga salário-base abaixo do piso nacional. É necessário um reajuste de 29,25% para a equiparação”, enfatizou. Na manifestação, os professores também pediram a revogação do decreto estadual 65.021/20, que aumentou a contribuição adicional de servidores inativos e pensionistas. “Está havendo descontos de até R$ 800,00 nas aposentadorias e pensões dos professos, um confisco que precisa ser interrompido”, disse Bebel, ressaltando que o governo estadual tem um superávit de R$ 11 bilhões e, portanto, condições de conceder reajuste salarial e pôr fim ao aumento do desconto previdenciário.

Bebel diz que a antecipação da vacina para os profissionais da educação foi uma grande vitória da categoria, mas que ainda não é possível pensar em um retorno às aulas presenciais, com 100% dos alunos, como quer o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares. Isso porque a vacinação dos profissionais da educação ainda está na primeira dose e os casos de Covid-19 no Estado só tem aumentado nos últimos dias. “O retorno sem o controle da pandemia colocará em risco a vida de professores, funcionários, estudantes e suas famílias”, diz, lembrando que há sentença judicial em vigor que proíbe aulas e atividades presenciais na pandemia.

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