Deivid Marcelino
Eu tinha 3 anos de idade, quando Fernando Henrique Cardoso – FHC e mais um grupo criaram o plano real quando ainda Ministro da Fazenda do governo de Itamar Franco, foi através dele a criação da Unidade Real de Valor (URV), um indexador que passaria a corrigir diariamente preços, salários e serviços, como se fosse uma espécie de moeda.
Meses antes do meu aniversário de 4 anos em julho de 1994, foi introduzida a nova moeda, o real, logo a inflação baixou o que trouxe grande prestígio a Fernando Henrique.
Ainda em 1994, com sua popularidade crescendo no Brasil por conta dos seus feitos disputou à presidência da república, contra Lula, Brizola, Enéas, Quércia. FHC foi eleito presidente do Brasil, no primeiro turno em 3 de outubro de 1994, tendo obtido 54,3% dos votos válidos.
No governo FHC, a estabilidade monetária se manteve confiante e o olhar dos estrangeiros se voltou ao Brasil. Lembro-me muito bem de alguns momentos ainda assistido na TV preta e branca da casa dos meus pais, algumas notícias otimistas falando do Brasil e de FHC.
Em sua gestão, foi quebrado o monopólio da Petrobrás na exploração do petróleo e foi privatizada grande parte das empresas estatais, entre elas, a Vale e a Telebrás.
Os programas sociais idealizados por FHC foram muitos, que trouxeram uma qualidade de vida para a população em vulnerabilidade social, tais como; Programa de Distribuição Emergencial de Alimentos (PRODEA), com a finalidade de socorrer a população carente atingida por terrível seca no norte de Minas e no Nordeste, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) primeiro projeto brasileiro, ao nível federal, centrado em uma transferência monetária às famílias carentes, visando eliminar o trabalho de crianças e estimular a sua inserção na escola.
Também o Programa Bolsa Alimentação, operado pelo Ministério da Saúde, passou a estabelecer a complementação da renda de mães gestantes, amamentando filhos e crianças com idade entre 6 meses a seis anos e onze meses, com riscos nutricionais, o Programa Auxílio-Gás auxiliando o orçamento doméstico das famílias que já estavam sendo atendidas nos demais programas de transferência de renda.
Tornou-se o primeiro presidente brasileiro a se reeleger para um segundo mandato, em 1998, quando derrotou Luiz Inácio da Silva, no primeiro turno das eleições. Já em seu segundo mandato, FHC enfrentou diversas crises internacionais e uma crise energética que gerou o chamado “apagão elétrico”, com racionamento de energia.
Em julho de 2002, foi instituído o “Cartão do Cidadão”, em forma magnética, permitindo às pessoas beneficiárias receberem seu auxílio financeiro diretamente da Caixa Econômica Federal.
No final de 2002, Fernando Henrique foi considerado, pelas Nações Unidas, a autoridade mundial que mais se destacou naquele ano no campo do desenvolvimento humano. “O movimento de reformas que eu represento não é contra ninguém. Não quer dividir a Nação. Quer uni-la em torno da perspectiva de um amanhã melhor para todos.” FHC
Em 09 de janeiro de 2004, através da Lei 10.836, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva cria o Programa Bolsa Família, unificando os quatro programas que FHC já havia implementado na política social do Brasil: Bolsa Escola, Bolsa Família, Auxílio Gás e as transferências do PETI. Implanta, definitivamente, o Cadastro Único dos programas sociais do governo federal.
Este é um pequeno relato dos feitos de Fernando Henrique Cardoso, hoje (18), ele completa 90 anos de vida, e agradeço a ele, por ter sido um presidente presente, combativo e sonhador, construindo um Brasil melhor com suas políticas públicas sociais para todos os brasileiros.
Parabéns, Presidente, que ainda venham muitas outras oportunidades de felicidade e que, além da alegria e da disposição, a saúde, o amor e a paz sejam seus companheiros de jornada sempre! Viva FHC 90 anos!
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Deivid Marcelino, presidente da Juventude do PSDB Piracicaba