Relacionamentos: uma construção

Natalia Mondoni

 

Estamos nos aproximando do mês de junho, e nesta ocasião comemoramos o mês dos Namorados. Você já deve ter percebido, assim como eu, que mesmo sendo uma data “comercial”, acabamos que somos inundados sobre o assunto sob diversos prismas, e, se tem um assunto que a maioria se interessa é esse: relacionamentos. E talvez seja assim pois no fundo fomos feitos para se relacionar, seja através da família, seja através das amizades e, claro, dos relacionamentos amorosos. Inclusive, este é um assunto que sempre costuma trazer muitas demandas para o consultório: os desafios dos relacionamentos.

Neste momento em que vivemos uma pandemia, talvez ainda seja um assunto ainda mais difundido e que acaba tomando nossas preocupações: talvez nunca tenhamos vivido tanto tempo tão próximos, com tantas mudanças em nossa rotina. E algo importante para pensarmos, neste ponto é: precisamos entender que nossos relacionamentos são como construções: tijolo por tijolo, vai sendo construído e edificado; passa por diversas fases e necessita buscar uma certa maturidade, e com um acréscimo importante: precisamos fazer isto a dois: duas pessoas inteiras que caminham juntas, porém com suas individualidades. Talvez aqui surjam os conflitos e as dificuldades: relacionamento não deve ser luta por poder: o foco deve ser ganhar em conjunto, às vezes precisando ceder de algum lado; relacionamento exige instalação  na realidade, para vermos e entendermos o que estamos vivendo sem frustrações e expectativas difusas; relacionamento é perdoar, é relevar, mesmo diante de nossa dificuldade em fazê-lo e admitir que também somos falhos; relacionamento é dedicação ilimitada, pensando em porque, às vezes, temos tanta dificuldade em nos “gastarmos”. Quando olhamos e refletimos para todas estas implicações, talvez tenhamos a tendência a pensar: “Relacionamentos são difíceis”. Talvez difíceis não seja a palavra ideal, mas sem duvida precisamos entender que exige comprometimento e trabalho, uma vez que esta construção também é uma via de mão dupla: precisa ser algo desejado e querido por ambos, para encontrar em si a sua nobreza e sentido.

Quando se cuida, o coração não se rompe. Portanto, é necessário que cuidemos daquilo que podemos tomar como uma grande oportunidade enorme de aprender e, principalmente, de crescer e fazer também do outro alguém que cresce e dá frutos, seja onde for. E, lembrando que sempre existe solução para quando os problemas aparecerem: busque ajuda se necessário.

Com carinho,

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Natalia Mondoni, psicóloga

 

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