O tempo passa e não repassa

Reinaldo Diniz

 

 

Nossa vida é rotineira. De segunda a sexta-feira realizamos o cotidiano e, aos finais de semana, tentamos criar uma situação que está fora do nosso habitual.

A mídia nos traz notícias que não gostaríamos de lê-las e que assombram as nossas realidades. O feminicídio aumentou, o coronavírus matou e a sociedade pirou. Jogador de futebol acusado de assédio, homem que se recusa ser vacinado por enfermeira negra e homem preso suspeito de ser serial killer de homossexuais são alguns dos inúmeros assuntos veiculados.

O fim de casos como estes me parecem estar longe, por isso talvez nós precisássemos aprender a viver em Paz neste mundo conturbado. Apenas este autor que vos escreve vive essa experiência há 25 anos. Parece pouco tempo para quem já viveu 40, 50 ou 60 anos, mas estamos no mesmo barco e enfrentando as mesmas dificuldades (ou até piores).

Somos julgados o tempo todo por uma sociedade que não conhece a nossa realidade. O pior é que muitos desses grupos enfrentam situações semelhantes, mas querem se fantasiar. Acreditar que seu modo de viver é superior ao nosso. Parece clichê, mas eu acredito na força da lei da vida no qual o mal que fazemos ao outro retorna em dobro para nós.

Costumo sempre dizer para que não se importe com o pensamento de terceiros. Apenas você sabe do seu modo de vida, da sua índole e do seu caráter. Ser quem você é não lhe faz diferente, apenas um ser humano único em meio a estes caos.

Passo por um momento de reflexão sobre as pessoas que estão a minha volta. E coincidentemente escrevo este texto no mesmo dia em que tive um sonho diferente.

Sou muito supersticioso e, sendo assim, fui buscar o seu significado e li o seguinte trecho: “Pode sugerir que é a hora de colocar algo para descansar ou enterrar o passado de uma vez por todas. Traz um aviso para deixar de sofrer por algo que já foi provado que não vale a pena”. Pode parecer difícil desapegar de algo que já está intenso em nosso interior, mas precisamos nos renovar e permitir o novo.

Já se passaram dois meses do início do ano, talvez então já possamos fazer um balanço das nossas ações positivas e/ou negativas. Precisamos nos perguntar: o que eu preciso mudar ou agregar nas minhas atitudes para o decorrer do ano? Já dizia Mahatma Gandhi: “Aprenda como se fosse viver para sempre, mas viva como se você fosse morrer amanhã”. Não perca tempo. O tempo passa e não repassa.

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Reinaldo Diniz, jornalista, apresentador do Portal Nova 15

 

 

 

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