Piracicaba é selecionada para integrar a Ruas Completas SP

Piracicaba é uma das 20 cidades do Estado selecionadas para integrar a Ruas Completas SP – Crédito: Divulgação/CCS

Piracicaba foi selecionada para integrar a Ruas Completas SP, uma rede de cidades paulistas comprometidas com ações para reduzir mortes e lesões no trânsito. Para fazer parte da rede, a Prefeitura de Piracicaba, por meio da Semuttran (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, Trânsito e Transportes), se comprometeu a implementar ações, estratégias ou projetos de segurança viária, com foco em gestão de velocidades por meio do redesenho da infraestrutura urbana, segundo recomendações da Organização Mundial de Saúde.

O anúncio foi feito na sexta-feira, 14/05, e a iniciativa vai oferecer, nos próximos cinco anos, apoio técnico a projetos, ações e estratégias de segurança viária de 20 – entre elas Piracicaba -, das 645 cidades, no Estado de São Paulo.

Ao entrar na rede, o município assume o compromisso com o aumento da segurança viária. Para tanto, contará com apoio específico e capacitações oferecidas pelas organizações que lideram a rede – WRI Brasil, Vital Strategies, Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Instituto Cordial e Respeito à Vida (Detran-SP).

“Ao fazermos parte da rede Ruas Completas SP, vamos oferecer mais segurança e conforto no trânsito do município. Para isso, agora entramos em uma nova etapa na qual contaremos com capacitação e apoio técnico para elaborar projetos a fim de termos um sistema de trânsito seguro”, afirma o secretário da Semuttran, José Vicente Caixeta Filho.

A rede é parte da Iniciativa Bloomberg para Segurança Global no Trânsito, que de 2021 a 2025 apoiará ações para a segurança viária no Estado de São Paulo. Realizado em reunião do Fórum Paulista de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana, o anúncio ocorre em pleno Maio Amarelo, mês que chama atenção para a urgência de ações pela segurança no trânsito em todo o mundo.

VINTE CIDADES

Piracicaba integra a rede ao lado de outros centros urbanos médios e grandes. São eles: Araraquara, Bauru, Bebedouro, Campinas, Campos do Jordão, Capão Bonito, Catanduva, Diadema, Francisco Morato, Guarulhos, Jacareí, Jundiaí, Limeira, Piracicaba, Registro, Ribeirão Pires, Ribeirão Preto, Santo André, São José do Rio Preto e São José dos Campos.

“São cidades com diferentes perfis, mas com desafios em comum. Ao trabalharem em rede por um mesmo objetivo, podem compartilhar processos e aprendizados e avançarem juntas, gerando resultados positivos e influenciando outras cidades no estado de São Paulo e no restante do país”, explica Diogo Lemos, analista sênior de mobilidade ativa do WRI Brasil, organização responsável pela formação e coordenação da rede.

As cidades contarão com capacitações e apoio técnico a projetos com base na abordagem de sistemas seguros, que parte da premissa de que lesões e mortes no trânsito são evitáveis, e de que a responsabilidade é compartilhada entre quem utiliza as vias e quem projeta e implementa o espaço viário.

“A rede de cidades paulistas chega para fortalecer o sistema viário, com ações práticas e objetivas para que as gestões municipais possam avançar com base em dados e evidências internacionais do que traz resultados efetivos para a segurança no trânsito. A velocidade é o principal fator de risco para ocorrência de sinistros de trânsito, segundo a Organização Mundial de Saúde, e o desenho das vias é uma das formas de se fazer a gestão das velocidades para a segurança”, reforça o diretor executivo da Vital Strategies no Brasil, Pedro de Paula.

ATUAÇÃO

Desenho seguro e prioridade ao transporte ativo. É neste aspecto que a rede Ruas Completas SP vai concentrar sua atuação. O conceito de ruas completas foi criado para mostrar a importância de se projetar as ruas com foco na segurança e no conforto de todas as pessoas, priorizando usuários de modos ativos como caminhada e bicicleta. Entre 2017 e 2020, o WRI Brasil e a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) trabalharam com uma rede de ruas completas que envolveu 21 cidades brasileiras e realizou intervenções de ruas completas em nove cidades.

Agora, a boa experiência da rede nacional soma novas organizações parceiras, com apoio da Iniciativa Bloomberg para Segurança Global no Trânsito, para trabalhar especificamente com cidades paulistas. Um dos estados mais motorizados do Brasil, São Paulo tem conseguido reduzir as mortes no trânsito de forma progressiva desde 2015, quando deu-se início a um esforço do Governo do Estado de SP, representado hoje pelo programa Respeito à Vida, gerido pelo Detran-SP e dedicado exclusivamente à coordenação de iniciativas voltadas à redução de sinistros e mortes relacionadas ao trânsito. Mas ainda há muitas vidas a serem salvas.

“Atualmente, o índice de mortes no estado de São Paulo está em 10,9 mortes por 100 mil habitantes. Compromissos internacionais, como a Declaração de Estocolmo, miram em redução de 50% das mortes e feridos no trânsito ao longo da década. Temos convicção de que o apoio técnico e as trocas que a rede vai proporcionar a estas cidades contribuirão positivamente rumo a este objetivo”, afirma Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran-SP.

Além do apoio específico às 20 cidades selecionadas, haverá atividades de capacitação abertas às mais de 300 cidades onde o Respeito à Vida está presente.

A seleção das cidades se baseou em critérios como o compromisso com redução de mortes e lesões no trânsito e com a redução das velocidades máximas em vias urbanas, de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Também foram consideradas a priorização dos modos ativos e coletivos e a disponibilidade de dados para o diagnóstico, entre outros fatores.

A Iniciativa Bloomberg para Segurança Global no Trânsito (BIGRS) apoia o Ruas Completas SP como parte de seu compromisso de salvar 600 mil vidas e prevenir 22 milhões de lesões no trânsito de países em desenvolvimento até 2025. “Esta rede, focada em mobilidade e ruas seguras, está alinhada com outras atividades da Iniciativa Bloomberg no estado de São Paulo e em outras cidades do Brasil, voltadas à coleta e análise de dados, fiscalização e comunicação” avalia o coordenador executivo da Iniciativa Bloomberg para Segurança Global no Trânsito no Brasil, Dante Rosado.

 

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