O Lar Franciscano de Piracicaba, entidade que acolhe e assiste crianças e adolescentes até os 18 anos, desde 1952, renovou sua diretoria neste início de maio. Presidido pelo empresário Lucas Trivelato, o grupo de trabalho foi ampliado para atender de forma mais pontual às necessidades da entidade, com a finalidade de lançar um novo olhar em relação ao assistencialismo.
O trabalho da diretoria no Lar Franciscano (que extinguiu o termo “de Menores” por orientação do Estatuto da Crianças e do Adolescente), é voluntário e serve de apoio ao desenvolvimento da instituição e à atuação da equipe administrativa, com 24 funcionários contratados, durante 24 horas em diferentes turnos.
A entidade possui necessidade mensal de aproximadamente R$ 25 mil além da verba cedida pela Prefeitura de Piracicaba. Antes da pandemia, era subsidiada por recursos de eventos, como o Porco no Rolete, que equivalia a 50% da arrecadação; da Barraca Alemã, na Festa das Nações, responsável por 30% da verba anual; além disso, havia as doações de contribuintes que, com a pandemia, deixaram de acontecer.
Um dos objetivos da diretoria é desenvolver projetos que atraiam novos recursos e tornem a sociedade mais participativa em relação ao Lar. “Queremos reforçar essa relação com a sociedade, que sempre foi forte e presente”, afirma Trivelato.
Segundo ele, a questão do assistencialismo é carregada da emoção de quem ajuda a fornecer o necessário ao dia a dia das crianças e adolescentes, mas faltam atendimentos pontuais, que contribuam no âmbito social, artístico, educativo e criativo, por exemplo. “Pessoas que possam levar informação, educação, palestras, envolvimento, são bem-vindas. Claro que hpa uma avaliação prévia, mas a proposta é que haja maior integração com a sociedade, respeitando as normas de proteção dos moradores.”
A ideia é tornar o trabalho do Lar mais profissional, funcionando tal como uma empresa. “Não temos uma cartilha a seguir, mas a formação de nossa diretoria foi pensada justamente a partir das experiências de cada um, para a contribuição com projetos e ações. Estaremos aqui por dois anos e queremos que a continuidade do trabalho seja um parâmetro para quem virá depois”, disse o novo presidente.
O investimento em educação é um dos pontos principais dessa atuação, com foco no desenvolvimento e no preparo do morador, especialmente o adolescente que chega aos 18 anos sem adoção e, ao ganhar independência, sente-se um adulto desamparado. “Esse olhar de cuidado, sempre teremos, e nossa finalidade é conseguir a adoção, mas precisamos voltar esse cuidado um pouco melhor à dor futura dos nossos acolhidos, pois não queremos que acabem pedindo esmola em semáforo, mas que se tornem adultos bem preparados e de sucesso”, salienta Trivelato.
NOVA MÃO-DE-OBRA
Como um primeiro passo, a nova diretoria se reuniu no início de maio, no espaço cedido pela Aeap (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Piracicaba), com cuidados sanitários, para que todos conhecessem melhor o histórico da entidade e discutissem ideias. Os alinhamentos são frequentes, mas os encontros de decisão serão mensais, com apresentação e avaliação de propostas e ações, algumas já em andamento, como a reorganização do bazar assistencial, elaboração de eventos online e divulgações em redes sociais.
A nova diretoria é composta por: Lucas Trivelato (presidente), Antenor Marconi (vice-presidente), Antonio Carlos Pozar (tesoureiro), Diego Goularte (secretário), Paulo Martin (Bazar), Adriana Bernardes (Saúde), Daniele Ricci (Comunicação), Danilo Fenelon (Marketing), João Campos (Tecnologia), Karina Dentello (Administrativa), Mayra Esteves de Moura (Jurídica), Francisco José Valério (Eventos) e Ronaldo Dalio (Projetos). O conselho fiscal conta com: Sebastião Luiz de Souza, Luiz Carlos Mazzini, Vanessa Gullo e Lilian Martini. A entidade é coordenada por Thaís Rosante Chorilli.
MORADIA FRANCISCANA
Entre os assistidos atualmente pelo Lar Franciscano de Piracicaba, há um bebê, quatro crianças e cinco adolescentes entre 12 e 17 anos, de ambos os sexos, sendo três com diferentes deficiências, que residem no local com todo o conforto físico de um lar, atendimentos terapêuticos e sociais.
Os assistidos são pessoas que tiveram seus direitos violados por diferentes motivos, são afastados da família, e o principal objetivo do trabalho é a proteção e o cuidado adequados, com o intuito principal de proporcionar o retorno da criança ou do adolescente ao contexto familiar. Para isso, a família também é acolhida por outros programas de reeducação. Quando o objetivo principal não é atingido, o assistido é disponibilizado à adoção por outras famílias e, enquanto a adoção não acontece, há programas de apadrinhamento.
Para mais informações, entre em contato com a coordenadora Thaís pelo WhatsApp (19) 99713-7459 ou pelo site www.larfranciscano.org.br . Siga a entidade em seu novo canal no Instagram: @larfranciscanodepiracicaba.