Pandemia: primeiro dia de aula tem baixa frequência nas escolas da rede pública

A presidente da Apeoesp critica duramente a iniciativa do governo estadual de não respeitar a decisão da Justiça – Foto: Divulgação

Levantamento da Subsede em Piracicaba da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) mostra baixa frequência de alunos nas escolas da rede pública da cidade, nesta quarta (14), primeiro dia do retorno às aulas presenciais, estabelecidas pelo secretário estadual da Educação, Rossieli Soares. Das 68 escolas que integram a Diretoria Regional de Ensino de Piracicaba, em 46 delas a presença de alunos oscilou de zero a 50 por unidade, mostrando baixíssima frequência, “reflexo da consciência da maior parte da população que sabe dos riscos em função do agravamento da pandemia do coronavírus”, de acordo com a presidenta da Apeoesp, deputada estadual Professora Bebel.

O levantamento mostra em que 15 escolas não deram informações, mostra que sete estão funcionando com todos os professores atuando remotamente, enquanto que em 13 conta com professores em esquema de revezamento e 33 com professores presencialmente, com diversos casos de professores que entregaram requerimento e aguardam deferimento, uma vez que está em vigor a sentença  dada pela  juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da nona vara da fazenda pública da capital paulista,  no último dia 09 de março, determinando que só podem ser pensadas atividades presenciais nas escolas estaduais, municipais e privadas quando o Estado avançar ao menos para a fase amarela. A sentença é fruto de uma  ação civil pública movida pela Apeoesp, em conjunto com outras  entidades da educação, suspendendo as aulas e atividades presenciais nas escolas de educação básica do Estado de São Paulo. O modelo de requerimento para comunicar que está se ausentando das aulas presenciais com base na decisão judicial está disponível na página da Apeoesp: www.apeoesp.org.br ,  juntamente com a sentença.

A presidente da Apeoesp critica duramente a iniciativa do governo estadual de não respeitar a decisão da Justiça, do retorno das aulas somente quando o Estado estiver na fase amarela, e colocar em risco a vida dos profissionais da educação e alunos. “No entanto, as famílias estão muito mais conscientes e, felizmente, não estão enviando seus filhos para  a escola. Em função do agravamento da pandemia do coronavírus, temos que preservar vidas, porque aprendizagem se recupera”, diz.

Para ela, a iniciativa do governador João Doria e do seu secretário de Educação coloca em risco principalmente os setores mais pobre da população, que sequer está tendo acesso ao necessário atendimento médico, pois os hospitais estão lotados. “Se quer atender aos estudantes vulneráveis, o governo deve instituir o auxílio emergencial estadual de R$ 600,00 e deve enviar cestas básicas ou tickets para aquisição de cestas básicas para as casas dessas famílias”, apela.

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