Francys Almeida
A grandeza de um líder está em sua disponibilidade e aceitação de corrigir e concordar que é sujeito a erros, isso que nos faz melhores e nos evolui como seres humanos.
O Estado Democrático de Direito exige respeito às instituições, mas, acima de tudo, a vida em sociedade exige empatia e amor ao próximo. Sendo assim, não considero razoável que o nosso prefeito— e digo nosso, pois ele foi eleito e nos governa — não repasse recursos conseguidos através de emendas para o Hospital Ilumina.
A judicialização dessa questão, como em tantas, irá diminuir a todos os envolvidos, ainda mais em meio à crise que vivemos. Se há dúvidas quanto ao destino dos recursos, que se repasse o dinheiro e acompanhe, como é o dever de todos.
Transformar a saúde de uma cidade em fileira política é inadmissível e está absolutamente fora dos propósitos exigidos por qualquer governo democrático. E entendo que a sociedade civil deve se manifestar, além de se posicionar, pois o Hospital Ilumina não é de partido político, muito menos de gestores públicos; trata-se de uma instituição que tem como foco salvar vidas, as quais sofrem uma enfermidade que não devemos desejar aos nossos maiores adversários. Só sabe a dor quem passa e, por esse motivo, entendo que é hora de nos posicionarmos pelo diálogo propositivo em busca de soluções. Há uma Comissão em andamento nesse sentido, que seja rápida.
É preciso colocar, acima de tudo, o direito à vida e a dignidade da pessoa humana, algo imprescindível, segundo a Constituição da República Federativa do Brasil. Não permitir o repasse é um ato que ficará lembrado como uma decisão equivocada: por isso, conclamamos pelo diálogo em busca de solução.
Entendo a frustração de quem buscou esses recursos e conta com ele para desenvolver ainda mais essa brilhante instituição. Que as partes possam ceder mutuamente e chegar a um objetivo que traga harmonia e paz social.
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Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, vice-presidente do PCdoB em Piracicaba