Homofobia (VI) – A Laranja Podre

Em que pese os posicionamentos dogmáticos e muitas vezes anacrônicosda Igreja Católica especialmente no tocante à sexualidade humana de nossa sociedade moderna, devemos a ela, assim como a todas as religiões, o devido respeito. Para combatermos o preconceito é preciso, antes, de nos dotarmos de responsabilidade e isso implica em imparcialidade.

Porém, o caráter político do movimento perde força quando apenas um integrante que seja ofende toda uma comunidade. Em 10/06/07 o G1 noticiou que José Roberto Fernandes, 56, fantasiou-se de “Bento 24”. Carregando um cálice contendo fichas brancas e preservativos alegou estar protestando contra a “hipocrisia da Igreja Católica”.

Isso é protesto ou afronta à liberdade religiosa? Depois o movimento ganha a pecha de ser “só para carnaval” e chama a isso de homofobia? O grande salto que uma parada dessa natureza pode promover a quem sofre tantos preconceitos e hostilidade social fica prejudicado com atitudes inconsequentes. Os excessos que já dissemos estarem acontecendo são por eventos dessa natureza.

Apesar de o fato ter ocorrido em 2007, com a última edição da Parada Gay os blogs católicos atualizaram a matéria, e a frase-título é “quem apela para a Constituição para afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros”.

Fontes: G1, Blog do Carmadélio

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“De erro em erro, vai-se descobrindo toda a verdade”. (Sigmund Freud)

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Há dois anos reencontrei uma paixão do trabalho não revelada de 15 anos atrás. Depois nos afastamos, casei, separei e ele ainda está solteiro. Voltamos a trabalhar juntos e retomamos a amizade, ele sempre me elogia, saímos com amigos, etc. Convidou-me para um churrasco no sítio do pai dele, e essa paixão já virou obsessão. Nunca tivemos nada físico, é quase uma paixão platônica, ele é tímido. Há momentos que fica claro que sou amiga, mas algo no jeito dele o trai. Devo abrir o jogo antes de um novo afastamento?

Josi.

 

A responsabilidade por nossa felicidade é intransferível, uma tarefa de cada um. Para ser sincero não entendi o foco de sua dúvida. Se há uma paixão já antiga que não foi declarada, e as circunstâncias da vida os afastou, essa está sendo sua segunda chance, coisa raríssima de acontecer!

Parece-me pelo que diz que seu receio seja o de um sentimento unilateral, mas pense bem: o não você já o tem, sem a ousadia da exposição. O risco é do sim acontecer, e parece grande essa possibilidade, ao menos sob sua ótica. Fala inclusive de a paixão ter se tornado uma obsessão.

É interessante que o aponta como tímido, mas o que está fazendo no sentido contrário que vença essa barreira? O temor é de ser descartada ou o quê? Pode realmente perder essa segunda chance se não agir com inteligência e rapidez. A vida nos exige ousadia para o lamento não vir como arrependimento.

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