Sindicato vai à Justiça para poder comprar vacinas

Para Vitor Roberto, o comerciário vacinado é benefício para toda a população – Crédito: Divulgação

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Piracicaba (Sincomerciários) está ingressando na Justiça com ação para poder adquirir vacinas e  imunizar os trabalhadores da categoria contra a covid-19. O presidente do Sincomerciários, Vitor Roberto, diz que como os trabalhadores estão na linha de frente entende que precisam ser vacinados o mais breve possível, tanto que ele inclusive já fez, no último dia três de março, pedido ao prefeito Luciano Almeida para que a categoria fosse incluída no grupo de prioridade para receber a vacina de imunização contra a covid-19 no município.

Para Vitor Roberto, “o comerciário vacinado é benefício para toda a população. Queremos que os comerciários, que estão amplamente expostos,  possam trabalhar, atendendo a população e, ao mesmo tempo, garantindo seu sustento de maneira segura, até porque o comércio não é o vilão nessa luta contra o covid.

O pedido para que o Sindicato dos Comerciários de Piracicaba possa adquirir as vacinas, conforme a advogada da entidade, Vivian Patrícia Previde, encontra respaldo na liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que autorizou o Sindicato dos Empregados no Comércio de Campinas  a comprar cerca de 500 mil doses da vacina contra o novo coronavírus para imunizar comerciários e seus familiares.

O Sincomerciários representa cerca de oito mil trabalhadores em Piracicaba e região, com boa parte deles atuando diretamente na linha de frente nesta pandemia, principalmente os que trabalham em supermercados, cujas atividades não estão interrompidas. Para o presidente Vitor Roberto, “sindicato atuante significa lutar pelo bem estar de sua categoria em sentido amplo e merecem trabalhar de maneira segura”.

Na liminar concedida ao Sindicato de Campinas, o desembargador Johonsom di Salvo, diz que “a vacinação é desejada no âmago de cada brasileiro. Assim, decisão se coaduna com os princípios constitucionais de bem comum e de que a assistência à saúde é livre à iniciativa privada, não sendo absurdo, portanto, que a entidade que congrega comerciários pense na parcela de “bem comum” que a eles diz respeito, buscando alcançar alguma medida que os proteja nesse instante de trevas que assola a Nação, com consequências benéficas também para os consumidores que necessitam do comércio até para obter bens de consumo básicos. Também argumenta que a vacinação de comerciários e seus familiares não significa  que os vacinados irão “furar filas”, mas vai permitir que aos grupos já instituídos outros sejam agregados, diminuindo – ainda que por poucos dias – o cronograma de vacinação que, por ser o Brasil uma nação de 213 milhões de habitantes e extensão territorial de 8.514.876 km2, naturalmente será demorado”.

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