Sofrimento do pobre

Francys Almeida

 

A pandemia escancarou a divisão social do País, os investidores e grandes empresários estão lucrando como nunca com o maior colapso sanitário que se tem notícia em nosso país. Os pequenos empresários estão sendo esmagados pelos decretos, que diretamente os atingem.

Para quem é assalariado, não precisa ser muito inteligente para observar que o orçamento familiar virou um enorme desafio. A cada 10 reais que tínhamos em 2019 como poder de compra hoje vale um pouco mais de 6 reais, ou seja, para quem ganha pouco e tem necessidade de alimentar a família, ir ao mercado, virou uma luta. A fome está de volta, despejo de famílias que vão morar nas ruas, crianças sem estudo, sem esperança, sem dignidade.

Mas isso não mobiliza os patriotas de goela, que lotam a Praça José Bonifácio para combater a corrupção dos outros, são patriotas econômicos, preocupados com o próprio bolso, enquanto seus irmãos brasileiros estão passando fome. Isso não os mobiliza, pois a hipocrisia efetivamente norteia esse grupo.

Se cobrir com a bandeira e chorar com hino nacional não é sinônimo de patriotismo, ser patriota é defender a nação de interesse estrangeiro, se comover com famílias de mortos pela Covid-19 e outras enfermidades que assolam o país, sentir a dor de quem passa fome. Porém, enquanto pobre sofre, os mais ricos se tornam mais ricos ainda.

Observando essa situação, preocupo-me com o entendimento que essas pessoas têm de Jesus, pois ele, em nosso lugar, jamais aceitaria ver pessoas famintas, Mas Jesus disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer”.

E eles responderam: “Só temos cinco pães e dois peixes. A não ser que fôssemos comprar comida para toda essa gente”. Estavam ali mais ou menos cinco mil homens.

Mas Jesus disse aos discípulos: “Mandai o povo sentar-se em grupos de cinquenta”. Os discípulos assim fizeram, e todos se sentaram. Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à multidão. Todos comeram e ficaram satisfeitos. E ainda foram recolhidos doze cestos dos pedaços que sobraram.

Podemos multiplicar os alimentos? Sim! Ajude uma família necessitada!

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Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, vice-presidente do Diretório Municipal do PCdoB em Piracicaba

 

 

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