Vacinação parcial dos profissionais da educação, após 51 mortes de professores

Bebel diz que se as aulas presenciais não tivessem sido retomadas, 51 vidas de professores seriam preservadas – Crédito: Divulgação

Após a morte de 51 professores da rede estadual de ensino e a contaminação de 2.314 profissionais da educação pela covid-19, em 160 escolas estaduais, conforme levantamento da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), após o retorno das aulas presenciais na rede estadual de ensino, o governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira, que profissionais que integram a categoria, com 47 anos ou mais, passarão a ser vacinados a partir do próximo dia 12 de abril. A presidenta da Apeoesp, a deputada estadual professora Bebel (PT), comemorou o anúncio, ao mesmo tempo que  encaminhou novo ofício ao Palácio dos Bandeirantes solicitando que todos sejam incluídos, independente da idade.

Para Bebel, o anúncio finalmente feito pelo governo de São Paulo, após inúmeras ações feitas pela entidade para que os profissionais da educação fossem vacinados, “é uma grande vitória da categoria e da Apeoesp. No entanto, se o governo tivesse acatado antes nossos pedidos, não teríamos a perda dessas 51 vidas que ocorreram com a volta das aulas presenciais. Agora, observaremos todo o processo e prazos para a imunização de todos os profissionais, pois nosso compromisso com a defesa da vida continua”, declarou

Em ofício enviado no início da tarde desta quarta-feira, 24 de março, ao governador João Doria, no Palácio dos Bandeirantes, a Professora Bebel ao solicitar, mais uma vez, a inclusão de todos os profissionais da educação no calendário de imunização estadual para a COVID-19, diz que é imperioso destacar que as novas variantes do SARS-COV2 que já circulam de maneira descontrolada pelo Estado de São Paulo estão a acometer também os mais jovens, inclusive com gravidade. “Este fato pode ser comprovado pela crescente ocupação de leitos de UTI no estado por faixas etárias que não desenvolveram a forma grave da doença ao longo de 2020”, escreveu.

No documento, ainda, a Professora Bebel também apela para que além da vacinação dos profissionais da educação também seja mantida a suspensão das aulas presenciais da educação básica em todo o Estado, “seja porque há sentença determinando tal providência, cujo cumprimento é inescapável e não pode se dar ao custo do recesso dos profissionais da educação, seja porque crianças e adolescentes também estão sendo acometidos pela forma grave da COVID-19, inclusive com óbitos registrados em escolas públicas estaduais paulistas”.

Em suas redes sociais, a deputada Professora Bebel destacou ainda que desde 24 de março de 2020, mostrando o posicionamento favorável à defesa da vida, cobrou a inclusão de todos os profissionais da educação, independente da idade, no calendário de imunização estadual para a COVID-19. “A Apeoesp foi a primeira entidade que solicitou providências do Governo do Estado em benefício dos profissionais da Educação!”, acrescentou, ressaltando que em 7 de dezembro do ano passado encaminhou novo ofício, o de número 57/2020, em que foi pedindo a inclusão dos profissionais da Educação na relação prioritária do Plano Estadual de Imunização de São Paulo. “No documento, foi solicitado que fosse observada a mesma sistemática adotada até 2019 para a campanha de vacinação contra a gripe (influenza), que considerava os professores de escolas públicas e privadas como grupo prioritário em razão do risco de contágio existente em sala de aula, local de aglomeração de pessoas”, conclui.

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