Hecatombe

Francys Almeida

 

O que tem acontecido em nosso país é algo inimaginável há poucos anos atrás, quase todos os estados com a capacidade máxima atingida, o sofrimento pela falta de insumos e até de oxigênio.

Fazendo uma conta recente, calculei mais de 20 amigos e conhecidos que pereceram esses dias, a nova variante P1 é 220% mais contagiosa, pelo menos 2 vezes mais grave e atinge jovens e até crianças, segundo especialistas 60% Dos que já foram contaminados podem ser reinfectados, temos mais de  27 mil pessoas internadas com a Covid-19 no Estado de São Paulo.

Até o último sábado 74 pessoas morreram sem ao menos ter chance de vaga, a revista The Lancet apresentou taxa de letalidade de 80% em pacientes intubados, a expectativa é que teremos pioras para as próximas semanas, a média internacional é de 50% de mortes na intubação.

Estamos caminhando para o Abismo Sanitário, 60 senadores estão assinando documento pedindo ajuda a outros países, o Congresso Nacional pediu ajuda aos EUA, mas não há uma direção nacional do Executivo, visando amenizar.

O Brasil virou um risco para o mundo inteiro, hospitais lotados, março já é o mês mais letal da pandemia e, infelizmente, o Governo Federal tem se preocupado com a reeleição. Não que o governador do Estado de São Paulo, João Dória, seja bonzinho, que também politizou e, como um abutre, aguarda uma possível queda de Bolsonaro para ascender ao poder.

Nas ruas, as pessoas não têm o mínimo de consciência, máscaras não são usadas e, quando alguém tem, usa de maneira irregular. Poucas pessoas têm noção do que é um vírus e como ele é transmitido.

Estamos chegando ao ponto de que será “cada um por si”, a triste realidade, que me faz lembrar um texto bíblico:  Mateus 24.12 – “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.”

Não deixemos que a esperança, fé e o amor morram em nossas vidas.

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Francys Almeida, bacharel em Direito, síndico profissional, vice-presidente do Diretório do PCdoB em Piracicaba.

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