Covid: com explosão de casos, professores mantêm greve contra as aulas presenciais

A deputada Professora Bebel ressalta que a greve é em defesa incondicional da vida – Crédito: Divulgação

Com a explosão de casos de Covid, com 2022 casos em  931 escolas, sendo nove em Piracicaba e dois em São Pedro,  e 26 óbitos de professores da rede pública de ensino, desde a reabertura das escolas, em 26 de janeiro último, em assembleia promovida pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), nesta sexta-feira, 05 de março, a categoria decidiu manter a greve “em defesa da vida”, contra a volta das aulas presenciais. Na assembleia, coordenada pela presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), os professores também decidiram ampliar os movimentos em defesa da vida, com novas manifestações na próxima semana, inclusive com ida ao Palácio dos Bandeirantes, até que ocorra a suspensão total e imediata das aulas e atividades presenciais em todas as escolas públicas.

Bebel diz que é importante que se entenda que a Apeoesp faz esta greve em defesa incondicional da vida, “porque a vida é incondicional, uma vez que a vida deve ser a prioridade”. Ao mesmo tempo, diz que as declarações feitas pelo governador João Doria e pelo secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, de defesa da vida, “são promessas perdidas no tempo. As escolas se encontram  na mesma situação de 23 de março do ano passado, sem nenhum calendário de reforma e adaptação nem para a  pandemia e nem para a pós-pandemia”, diz.

Diante desse quadro, a Professora Bebel enfatiza que “não podemos aceitar o retorno das aulas presenciais sem o controle da pandemia, adequação das salas de aulas, com arejamento e claridade, planejamento. As salas têm que ser adequada com o número mínimo de alunos, além da vacinação, uma vez que só álcool  em gel e máscaras não resolvem, apesar de, claro, serem atributos fundamentais. Por isso, a Apeoesp está em greve em defesa da vida, pela sua vida, pela vida dos professores, dos alunos, dos  profissionais da educação e da sociedade, até porque as escolas são espaços de aglomeração e isso irá ampliar ainda mais os casos de pandemia. O que eles (Doria e Rossieli) esperam, uma vez que até os secretários estaduais de Saúde são contra as aulas presenciais, até a título de reduzir o número de leitos a serem usados nos hospitais. Vamos continuar em defesa da vida”, reforça.

Para a presidenta da Apeoesp, ao manter escolas abertas e dizer que ela deve atender aqueles “que mais precisam”, o secretário da Educação Rossieli está colocando em perigo os mais vulneráveis, quando deveria, sim, assegurar auxílio emergencial e segurança alimentar aos estudantes, com distribuição de cestas básicas às famílias, além de fornecer às crianças e jovens meios para se manterem em aulas remotas. Isto é defender a vida e não promover a morte.

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