Saúde mental, para você, ainda é um mito?

Natalia Mondoni

 

Estamos chegando na última semana de janeiro, mês em que, invariavelmente, nos debruçamos a fazer planos, traçar metas e novos objetivos. E, dentre os brasileiros, observamos uma novidade dentre esses planos: uma pesquisa recente realizada pela Hibou, empresa de pesquisas, relatou que 90% dos brasileiros desejam cuidar mais da saúde física e mental no ano de 2021. Ainda neste recorte, pesquisas dão conta que aumentou a procura por atendimentos psicológicos, e que ansiedade e depressão são os males do século XXI.  Motivados pela situação na pandemia, que ainda deve perdurar pelos próximos meses, parece indicativo de que as pessoas passaram a valorizar mais o cuidado, pois entenderem o impacto que saúde mental e física tem em seu cotidiano.

O que chama a atenção nesta pesquisa é a saúde mental entrar na seara dos cuidados, uma vez que ainda existem tantos mitos e estigmas em relação a este assunto. Não à toa, a questão referente aos estigmas e saúde mental foi tema da redação do ENEM, prova mais importante do calendário escolar-universitário brasileiro. Ou seja, essas pistas dão conta de que as pessoas estão entendendo mais do que nunca o valor da saúde mental. E, ainda na intenção de falar da importância da saúde mental, temos a campanha Janeiro Branco, que aponta exatamente para esta questão: falar e discutir sobre a importância da saúde mental, em um mês que aproveitamos para pensar em tantas resoluções.

Interessante pensar que saúde mental e física se fundem para criar uma condição de vida mais saudável: elas são complementares. Precisamos olhar para a questão da saúde como algo mais complexo e abrangente, que envolve todos os processos e sistemas do nosso organismo. E é exatamente neste ponto que podemos nos perguntar: Se cuido do meu coração, por que cuidar do mental seria um mito? Se cuido do meu sistema digestivo, por que não cuidar do meu sistema nervoso? De um raciocínio simples, pode nascer a reflexão que vai nos fazer entender a importância de uma saúde integrada e, sobretudo, deixar de lado mitos e preconceitos, priorizando nosso bem estar.

Admitir que precisamos olhar com mais atenção para nossa saúde, agindo no presente, ressignificando o passado, mudando hábitos e procurando ajuda para cada necessidade, se necessário, nos faz entender que merecemos viver bem e viver melhor.

O que você vai fazer por você, hoje? Com carinho,

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Natalia Mondoni, psicóloga; Instagram @psinataliamondoni

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