Caldeirão de Piracicaba

CONTESTAÇÕES
A redação de A Tribuna Piracicabana recebeu, ontem, várias contestações à publicação de uma matéria sobre os protestos ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), especialmente em torno da carreata que saiu da Estação da Paulista. As contestações, na maioria, afirmam que “a matéria é mentirosa”, porque “Piracicaba está com Bolsonaro”. Engano dos leitores, ou ex-leitores: a matéria registrou, com fotos, apenas que “piracicabanos dizem ‘basta de Bolsonaro’”. Esqueceram-se, os críticos, que não foi usado o artigo definido “ó” no plural. Só questão de leitura ou de saber ler! Este jornal respeita a opinião de cada um, tanto é que, nesta mesma página, publica texto que, para nós, resume as contestações.

 

MOVIMENTO
“Desobediência civil já”, E, na linha de Edmund Burke — “as más leis são pior espécie de tirania” —, o MCCP (Movimento de Combate à Corrupção em Piracicaba) faz, nesta quarta (27), às 9h, carreata a partir da Estação da Paulista, contra as medidas ditatoriais do Governo Dória, pelo direito ao trabalho e pelo direito primordial de manutenção da vida. E assim vai: uns contra Dória, outros contra Bolsonaro. E a pandemia mata, sem pedir autorização legislativa ou determinação judicial.

 

TRIBUTOS — I
A urgência do Congresso Nacional aprovar as oito propostas emergenciais apresentadas pelo movimento ‘Tributar Super-Ricos’ — para gerar recursos para salvar vidas nesse grave momento sanitário e econômico — foi o tema de debate na última sexta (22).

 

TRIBUTOS — II
Com a condução do cartunista Renato Aroeira e participação de Rosilene Corrêa, da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), e Paulo Gil, do IJF (Instituto Justiça Fiscal) e Auditores pela Democracia, a discussão veiculada pela TV 247 aprofundou os argumentos de “Por que e como tributar os super-ricos”. Eis a questão!

 

TRIBUTOS — III
“Os mais afetados pelos impostos são os pobres, que não discutem tributos. O campo democrático popular precisa incidir sobre esse assunto”, alerta Paulo Gil. Auditor fiscal, integra o IJF, uma das 70 organizações que articulam a campanha lançada em meio à pandemia da Covid-19, período em que os super-ricos aumentaram suas fortunas e a miséria se aprofundou.

 

FRENTE
As professoras Micaele Bariotto e Vanessa Camargo iniciaram, em suas redes sociais, ações conjuntas com profissionais da Educação e do Movimento Luto pela Educação, com a seguinte frase: “Você sabia que já tem em Piracicaba escola com funcionários positivados, e nada foi feito a respeito? As escolas não foram fechadas e nem desinfectadas, e os profissionais seguem em risco. Quem pagará por isso?” Uma preocupação pertinente, e as mulheres estão sempre capitaneando as grandes mudanças sociais.

 

VERGONHA — I
Leitores de A Tribuna disseram que sentiram vergonha com manifestação pública, nesta última segunda-feira, de proprietários de bares e restaurantes da cidade que se posicionam contrários a redução do funcionamento dos estabelecimentos em função da ampliação dos casos de Covid-19 no município.

 

VERGONHA — II
Esta posição de proprietários, alegam leitores, mostra que eles demonstram não ter nenhuma responsabilidade social e compromisso com a vida, e principalmente com seus funcionários, uma vez que só estão se preocupando com as questões econômicas, apesar de terem sido os mais beneficiados com as medidas provisórias do governo de flexibilização dos direitos trabalhistas e de isenção de impostos.

 

SEM LEITOS
A preocupação de leitores é de que dados da Secretaria Estadual de Saúde revelam que se não for contida esta nova onda da pandemia do coronavírus, em 28 dias, São Paulo não terá mais leitos de UTI para atender os novos casos graves da doença. Isso considerando tanto os hospitais que atendem a rede pública como particular.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima