Frederico Alberto Blaauw
A maneira como as autoridades do Estado de São Paulo e do Instituto Butantã têm conduzido os resultados dos ensaios clínicos, da Fase 03 da coronavírus, causam dúvidas e apreensão, acerca da eficácia dessa vacina, hajam vista os sucessivos adiamentos, agora para 23 de dezembro p.f..
Esses reiterados adiamentos implicam suspeita que há problemas, com a eficácia dessa vacina; a falta de transparência coloca a eficácia sob suspeição, implicando não apenas o Butantã, mas todos os envolvidos, com promessas de resultados, desde 20 de outubro p.p..
O fato de não divulgarem resultados gera perplexidade, já que a Pfizer publicou seu estudo e o divulgou, o mesmo ocorrendo com a AstraZênica e a Moderna, todas com resultados inquestionáveis.
Por que as autoridades estaduais não se manifestam, acerca da validade ou não da coronavac, já que o ensaio clínico da Fase 03 foi executado, afirmando o Instituto Butantã que a vacina funciona e tem alta eficácia. À população não interessa a briga com o governo federal, mas sim o rápido início da vacinação. Não é hora de capitulação política, não se podendo envolver os cientistas do Butantã.
A coronavac ainda não pediu à Anvisa a aprovação de sua vacina, sem essa formalidade temos apenas barulho e politização sem sentido.
Apesar de todo barulho entorno dos planos de vacinação, importa saber que nenhum plano pode ser implantado sem que se saiba de quais vacinas dispõe o Brasil, para vacinar a população, a quantidade de doses disponíveis de cada vacina, ao longo do tempo, as condições de armazenamento e transporte, a vida útil das vacinas.
Enquanto esses dados não forem disponibilizados, a vacinação não passa de um exercício de futurologia. O que falta é saber se podemos contar com vacina, seja coronavac, Pfizer, AstraZênica, Moderna, a quantidade de doses disponíveis, o plano detalhado de vacinação, a precedência da população a vacinar.
Brasileiros de São Paulo aguardam, dos cientistas do Instituto Butantã, resultados que demonstrem a validade da coronavac, afastando a insegurança até aqui exibida.
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Frederico Alberto Blaauw é mestre em Direito Comercial, advogado e consultor de empresas, professor de Direito Empresarial.