O caso do descaso

Luiz Tarantini

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Primeiro vamos aos elogios do trabalho realizado por Moisés Ergert e seu elenco formado por garotos da base, atletas escolhidos “pelo treinador” e alguns remanescentes que o comandante permitiu que ficassem no seu grupo. É lógico, que deve ter deixado bem claro, que as ordens de quem é escalado e até inscrito para as partidas no banco de suplentes partem do treinador e “de mais ninguém”.
Os resultados deste formato “correto” de trabalhar aparecem nas vitórias consequentes de um bom treinamento, com os atletas corretos, cada um dando o seu máximo, um bem elaborado plano tático e a obediência deste plano executada com muita dedicação por cada jogador. Caramba, era tão difícil assim de fazer isso ou a capacidade para tal era realmente limitada? Muito obrigado, Dr. Renato Bonfíglio, Dr. Jonas Parisotto, pela insistência. Vocês são realmente apaixonados pelo Nhô Quim!
São aqui quatro confrontos: Primavera 1×2 XV, XV 3×1 Audax, XV 2×0 Inter de Limeira e Inter de Limeira 1×2 XV. Doze pontos com três gols sofridos e nove anotados a favor, com saldo de sete positivos, poderia ter começado melhor? A classificação para próxima fase já garantida e a confiança e os detalhamentos crescendo na vertical. O que seria “detalhamentos”, pode perguntar o leitor ávido por notícias. Esse quesito é o estudo do treinador e sua comissão aos “erros” cometidos pelo time dentro de campo, detalhes que nós de imprensa e torcedores não detectamos na euforia das comemorações e até os próprios atletas na alegria dos resultados positivos.
O bom treinador vibra por minutos e já anota em seu fichário os erros a serem sanados para próximo confronto, esse padrão de trabalho só aparece em quem está realmente comprometido com o clube e sua torcida, e não pensando em ser o alvo das atenções. É visível essa qualidade em Moisés e eu, particularmente, admiro isso demais.
A nota triste da semana fica pelo “descaso” e a falta de memória por falha ou proposital mesmo, e isso cada um tire suas conclusões. Marlon Ferreira vestiu e honrou o manto sagrado zebrado em preto e branco por mais de trezentas vezes, conquistou títulos, marcou gols decisivos, foi capitão e líder do time em uma época aonde o dinheiro entrava a conta gotas e mesmo assim nunca esmoreceu. Como gestor montou o elenco de 2016, para o Paulista da A1 que foi considerado “por todos” o melhor dos últimos cinco anos na elite, e no segundo semestre antes de ser convidado a sair do clube por “craques e entendidos da bola” deixou pronto o elenco que conquistou a Copa Paulista daquele ano. Um bom currículo, não é?
Mas acreditem, que nas comemorações dos 107 anos da instituição por quem Marlon destinou oito anos de sua vida e carreira profissional, os “responsáveis” esqueceram de o convidar a dar um depoimento sobre o clube aniversariante, assim como deixaram de fora o nome de João Paulo Araújo, que teve “peito e capacidade” para não permitir que o clube acabasse, e permitisse que a arrogância e prepotência de alguns não citaram este feito no livro do centenário. Minha única colocação aos envolvidos e responsáveis: “Parabéns”, nem a humildade em fazer as duas retratações tiveram… O caso do descaso perpetua!!!

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