Fomos ignorados pela prefeitura, por isso procuramos à justiça

Luzia Madacki, moradora do Floresta Escura

Sou uma senhora de 78 anos, aposentada depois de uma vida de muito trabalho. Quando vim de São Paulo, há 20 anos, escolhi morar na Floresta Escura. Não fui convencida por jovens do bairro sobre não asfaltar, eles explicaram que o projeto da prefeitura é ruim e vai nos prejudicar. Alguns não entenderam ou se negaram a ouvi-los, eu ouvi e entendi.

Aposição do grupo contrário ao asfalto, que o prefeito insiste afirmar tratar-se de uma minoria veranistas, é não tero pavimento em nossas ruas de acordo com o que foi apresentado no projeto. Se houvesse um projeto conforme foi levado à prefeitura pelos nossos vizinhos engenheiros do bairro (que respeita o meio ambiente), certamente todos ficariam contente se não haveria conflito. Sempre foi isso e nunca nos contradizemos, em nenhuma vez.

A história se iniciou quando o Prefeito Hélio e seu vice Thiago decidiram nos ignorar, não responderam nossa carta (que eu assinei também), e aparentemente, aceleraram o início da obra. Assim, levar o caso à justiça foi a única saída daqueles que não viram outra maneira de serem ouvidos. Eu me senti assim pela primeira vez na vida! Fui ignorada!

Lamentável é ver a cada semana uma pessoa “X”respondendo em defesa do asfalto sempre na mesma linha de argumentos. A prefeitura deveria se envergonhar de responder por terceiros (o que me parece o caso), e tentar conversar com todos os munícipes, não somente com aqueles que lhes convêm.

Na última matéria, do professor, incluiu o asfalto no bairro Vertentes, que não tem nada com a nossa discussão. Disse que o bairro aqui é de mansões e outras coisas que quando li já notei que escrevia sem nos conhecer, sem conhecer o bairro e seus moradores.

Eu e minha família, além dos vizinhos que conheço e me relaciono, não moramos em mansões e sim longe da pista asfaltada. Levamos cerca de 5 quilômetros de terra para sair do bairro. Parece que agora surgiu o movimento a favor do asfalto, algo mais para defender os brios daqueles que pediram o asfalto do que para buscar uma solução. Ninguém mais aguenta o assunto. Está chato!

Nos manifestamos no Facebook do vice prefeito, candidato agora, em uma matéria sobre asfalto e nossas mensagens foram apagadas. Esse gesto novamente mostrou que a prefeitura atual, quiçá a próxima, não consegue lidar com a opinião contrária.

Em 20 anos aqui nunca vi prefeito ou candidatos à prefeitura virem no bairro para nos ouvir, e agora com eleições e esse conflito, aparece uma reunião com os moradores! O que querem? Juntar forças com aqueles que querem o projeto do asfalto apresentado e em execução ou dialogar com aqueles que querem um projeto de uma pavimentação adequada e duradoura?

Precisamos de diálogo respeitoso para encontrar uma solução. Agora que, felizmente, a justiça irá decidirdá para perceber que não haverá ganhadores ou perdedores. Todos do bairro já estão perdendo.

Minha educação – “às antigas” – me ensinou que todos merecem respeito, jovens e idosos. Na minha opinião, a prefeitura de São Pedro falta com respeito ao ignorar os jovens, porém peço que pelo menos respeitem uma senhora de 78 anos, moradora do bairro, que agora lhes fala, e não continuem a me ignorar.

Agora dá para entender por que fomos à justiça? Mas se houver asfalto, mesmo depois da justiça, peço que pelo menos consertem o projeto para que não nos venha prejudicar no futuro com as ruas cheias de buracos, enxurradas, animais atropelados, como se vê em tantos lugares por aí. Sem mais, agradeço por não me ignorarem.

Luzia Madacki, 78 anos, moradora do bairro há 20 anos.

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