Aos espalhadores de loucura   

Walter Naime

 

Rum, rum, rumm! bibi…bibi…bibiiii…, costura aqui, costura ali entre os veículos com ruídos ensurdecedores é o que toma conta das vias públicas, com a loucura dos que querem “chegar antes de chegar”.

Ainda não fosse o suficiente o barulho e as buzinadas, usam o trajeto dando um espetáculo de velocidade e equilíbrio em uma roda só, para chamar a atenção de suas “artes” nas máquinas que dirigem.

Eles são os “motociclistas doentios” que não se cansam de irritar tudo a sua volta trazendo perigo a sua vida e a vida de outros, importunando o sossego público.

As leis que regem essa atitude apesar de existirem não estão sendo respeitadas por não serem fiscalizadas.

Se você faz parte desse grupo de pessoas e se julga no direito de fazer barulho no trânsito, está errado e deve corrigir tal procedimento, pois mesmo sem fiscalização você deve usar o bom senso, anulando o seu exercício de “machão” criado pela competição da velocidade e pela ideia de não estar de bem com a vida.

É claro que não se pode generalizar tal conduta, mas estamos diante de um fenômeno de insensibilidade humana que tende a crescer.

Esforços tem que se fazer para que essa minoria não se torne a maioria, pois esse meio de transporte tende a crescer e dentro do mundo dos abusos e da ignorância isso toma conta do cenário urbano.

Você não vai se sentir confortável quando estiver na presença de um motociclista no trânsito. O seu olhar para fora do seu veículo trará uma instabilidade no estado de equilíbrio ao deparar com um deles, pois ele não está dando a mínima ao que você sente e continuará com as suas aceleradas e buzinaços. Para identificá-lo você teria de retirar o capacete e isso vai custar mais “Quinhentos”.

Com a pandemia do coronavírus, os problemas de locomoção e a necessidade de distanciamento os costumes estão sofrendo transformações dando chance de aparecer os serviços de entrega aperfeiçoados. Neste caso cabe aos mandatários desse processo exigir um trabalho menos ruidoso nas vias públicas.

As buzinadas e as acelerações dessas motos trazem um transtorno aos cidadãos levando a um nervosismo no clima do trânsito, mas os imprudentes que querem marcar suas presenças na traseira ou na lateral de seu veículo usam os meios disponíveis para que você dê caminho a eles. Os retrovisores dos carros é que pagam o pato.

Não é preciso dizer que ao ruído desses motores com seus escapamentos, somam-se os defeitos da educação caseira de seus usuários, pois os provocadores desses ruídos poderão ser punidos pela fiscalização por suas atitudes. Que assim seja!

Espalhadores de loucura sim, com reserva de alguns poucos, pois os impulsos juvenis, mais a necessidade da prestação de serviço, levam aos desmandos quando não são respeitadas mãos de trânsito, sinaleiros e outros recursos usados na organização da mobilidade urbana.

Talvez a solução dos escapamentos com seus ruídos possa ser resolvida nas fábricas de motos e regulamentadas por leis já vigentes, mas o uso das buzinas continuará a ser reguladas pela instrução e educação dos motociclistas. Vamos tentar melhorar o estado da educação desses usuários na hora da habilitação de suas autorizações para dirigir.

Enquanto não se resolvem os problemas da falta de educação desse pessoal, os nossos ouvidos e paciência terão que suportar os danos dessa loucura.

Os que querem “chegar antes de chegar” são com certeza os espalhadores de loucura, porque contraria o que é racional e o número de hospícios terá que ser aumentado.

Onde estão as leis, as regras do sossego público e do meio ambiente?

Aos que querem “chegar antes de chegar”, talvez tenha uma cova a sua espera. Aos que pensam e agem ao contrário que lhes seja dada a oportunidade da vida.

_______

Walter Naime, arquiteto-urbanista,eEmpresário.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima