Caldeirão de Piracicaba

“COMPRA DE VOTOS” — I
Os partidos que formam oposição ao governador João Doria (PSDB) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) vão apresentar proposta de instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a possível “compra de votos” na aprovação do Projeto de Lei 529/2020, que autoriza a venda de fundações de instituições estaduais, entre elas Oncocentro, CDHU e Sucen, ocorrida nesta última terça-feira, 13 de outubro.

 

“COMPRA DE VOTOS” — II
Para a deputada estadual Professora Bebel (PT), que votou contrária ao PL, a CPI é uma resposta à forma “vergonhosa e infame que o governador João Doria conseguiu, após muitas manobras, pressões e denúncias de compra de votos, aprovar o PL 529/2020, inclusive com o voto do próprio presidente da Casa, Cauê Macris, e dos deputados Alex Madureira (PSD) e Roberto Morais (Cidadania), ambos com domicílio eleitoral em Piracicaba. A deputada Janaína Pascoal (PSL) também mudou sua postura em relação às primeiras votações e foi voto favorável ao PL.

 

MATEMÁTICA — I
Vários líderes políticos de Piracicaba discordaram da “matemática” do Capiau em torno da pesquisa eleitoral, registrada, que aponta o prefeito Barjas Negri (PSDB) em primeiro lugar, indicando — quem sabe? — sua vitória no primeiro turno. Não é a opinião do empresário Luciano Almeida, candidato a prefeito pelo DEM, que aparece em segundo lugar.

 

MATEMÁTICA — II
“Pela pesquisa temos 15% de brancos e nulos e 21 não sabem. Se, pela lógica, destes 21 converter em 15% de abstenções, totalizando 30% de votos inválidos (há quem diga que será mais pela pandemia) ficaremos com o seguinte quadro: 32% Barjas Negri; 26% outros, sendo 30% brancos/nulos e abstenções, além de 12% indecisos. Considerando os votos válidos, já que 30 a 35% serão nulos, brancos e abstenções, temos a seguinte situação: 45% para Barjas Negri, e 37% outros, além dos 18% indecisos.” Eis aí a matemática de Almeida, indicando segundo turno.

 

MATEMÁTICA — III
O que o candidato Luciano Almeida (DEM) concorda com o Capiau é que há muita água debaixo da ponte, ou, em outras palavras, “ainda tem muita água nessa chaleira”. E o Capiau ainda arrisca, lembrando a história: há muita batata nessa chaleira, ninguém sabe quem ficará com quem daqui para frente.

 

MATEMÁTICA — IV
O Capiau concorda com o candidato Luciano Almeida, sobre a retrospectiva de quatro anos passados: pesquisa indicava Barjas Negri com 52% da intenção de votos. Já ele, Luciano, tinha apenas 3%. E o pleito terminou em 25% para Luciano Almeida, que foi candidato pelo PSD. Hoje, são 32% contra 7%, o que vale dizer que o caldo engrossou. Foi entornado.

 

PSL — I
O vice-presidente do PSL de Piracicaba, Carlos Roberto Rodrigues, alertou este Capiau sobre os piracicabanos que não sabem ainda em quem votar: 61% (sessenta e um por cento!). Para Rodrigues, “esse principal é inquestionável dado fornecido pela pesquisa e pode indicar que nada está definido e que, provavelmente, teremos segundo turno em Piracicaba”, escreveu. Por isso, Rodrigues, o Capiau arrematou: muita água por debaixo da ponte, não se esquecendo das batatas da chaleira.

 

PSL — II
Mesmo reconhecendo o registro da pesquisa perante a Justiça Eleitoral, o vice-presidente do PSL, Carlos Roberto Rodrigues, alfineta: “Temos casos históricos lembrados pela imprensa de outras campanhas políticas em que a empresa contratada tinha por objetivo direcionar dados e informações para o ‘político de plantão do momento’, prejudicando assim seus concorrentes principais e confundindo a opinião pública”. Rodrigues faz questão de destacar, também, que há rejeição de 24% em relação ao tucano Barjas Negri.

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