Marketing Viral (III)

Como um vírus que se transmite de pessoa a pessoa, acontece com o marketing viral. A presença das redes sociais no cotidiano do brasileiro proporciona a ele um ambiente acolhedor. As formas de apresentação mais comuns são via e-mail, hotsites e vídeos. O Youtubetem sido amplamente explorado nesse sentido. Empresas especializadas promovem um produto por meio de um vídeo engraçado, curioso, informativo, bizarro, etc. Independente do gênero, no final dele aparece o produto. Pelo fato de o conteúdo ser atrativo, seu envio por e-mail ou em perfis de redes sociais fazem-no veicular numa velocidade assustadora. Algumas características sempre presentes neles:

  1. a) emoções fortes (humor, amor, ódio, felicidade, drama, etc.).
  2. b) situações inesperadas ou inusitadas. O uso do antropomorfismo (atitudes humanas em animais) é constante e amplamente explorado. Essa técnica é interessante, pois o adulto é conduzido à sua infância ou adolescência, como vemos nos desenhos animados.
  3. c) Os vídeos sem diálogos passam melhor a mensagem, inclusive derrubando a barreira linguística entre os povos.
  4. d) O foco principal do vídeo é o enredo da estória. O produto aparece só no final ou em segundo plano de algumas cenas. Isso confere ao vídeo um valor emotivo maior que comercial, e as pessoas estimuladas o repassam.

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“Desejo é o impulso de recuperar a perda da primeira experiência de satisfação”. (Sigmund Freud)

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Estou envolvida com uma colega, mas não consigo aceitar a sua rejeição. Criei uma personagem virtual e já recebi fotos, arquivos lindos, mas não sabe que sou eu. Às vezes acho que sabe e mantém a comunicação. Se não me comunico, ela envia e-mail. Tenho evitado me comunicar com ela. Sei que preciso terminar com esta situação, esse tipo de contato é falso, não é real, não satisfaz.

Célia, 45.

 

O fato de ela manter a comunicação com você não representa um interesse da parte dela na sua pessoa tal como você é, que como bem disse, ela desconhece. Fica fácil para ela criar uma personagem também, assim como fez. Ao assim proceder não percebe que tanto você quanto ela estão vivendo um faz-de-conta, onde cada uma fantasia a outra. Ainda que já tenha tido algum contato com ela, mesmo significativo – não engole a rejeição – isso não quer dizer que a conheça. Não houve tempo suficiente para essa possibilidade. É baseada nisso que nossas fantasias ganham todo vigor que o mundo virtual proporciona. Nessa idealização foge de olhar pra si, e esconde você mesma dela. Onde há lucro nisso? Sua dificuldade em aceitar a rejeição é que dá origem tanto a seus questionamentos quanto às suas fantasias. E apesar de saber do mundo de mentira que criou, fica induzida a crer numa esperança, já que ela lhe procura. Ela está à procura da fantasia criada. Mas você não é essa fantasia. Esconde-se de quem?

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