Volta às aulas: Bebel diz que secretário coage equipes escolares

Professora Bebel: “79% da população não deseja a volta às aulas presenciais” – Crédito: Divulgação

A presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a deputada estadual Professora Bebel (PT) diz que o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, ao publicar ontem (1º), no Diário Oficial a Resolução Seduc 61/2020, que regulamenta a volta gradual às aulas presenciais, iniciando-se em 8 de setembro, com atividades de reforço escolar e outras, evidencia uma tentativa de coação sobre as equipes escolares para o retorno às escolas. A medida, na sua avaliação, ignora evidências e recomendações científicas, inclusive o fato de que 79% da população não deseja a volta às aulas presenciais durante a pandemia. “Parece que o bolsonarismo tomou conta da Secretaria Estadual de Educação”, ressalta.
Para Bebel, “o secretário leva adiante uma política irresponsável de abrir as escolas, que não possuem as mínimas condições de atender as próprias recomendações da pasta, como atesta a recente pesquisa realizada pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil e Dieese, em parceria com a Apeoesp”.
A presidenta da Apeoesp também questiona: “O que pretende o secretário, no momento em que muitos municípios decidem só retornar às aulas presenciais em 2021? Em vez de manter essa queda de braço injustificável, deveria seguir o exemplo de Mauá, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Carapicuíba, Cubatão, Itapevi, vargem Grande, Santo André, Pirapora do Bom Jesus, Mairiporã, Embu Guaçu, Praia Grande, Capivari, Matão e outros municípios”.
Nesta quinta (3), a Professora Bebel tem reunião já agendada com o secretário da Educação, justamente com a finalidade de tratar do assunto. “Não permitirei nenhuma manobra que culmine em chantagem com a categoria, precarizada durante mais de duas décadas de governos do PSDB. Espero que as comunidades escolares resistam e rejeitem essa imposição. Nada é mais importante que a defesa da vida e o secretário e seu governo serão responsabilizados pelas consequências de colocar em risco a vida de estudantes, professores, funcionários e de suas famílias”, enfatiza.

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