Alienação Parental (I) – O que é?

Síndrome de Alienação Parental (SAP) ou apenas Alienação Parental (no inglês, PAS) é o termo proposto por Richard Gardner em 1985 para denominar a situação que um dos progenitores (mãe ou o pai) de uma criança a educa para romper laços afetivos com o outro genitor. Em geral isso acontece em meio a um processo de separação conjugal, gerando fortes sentimentos de ansiedade e temor na criança em relação ao outro genitor que se vê impedido do acesso ao filho.

Na grande maioria das vezes isso denuncia a dificuldade que o alienante enfrenta na elaboração do luto da separação, desenvolvendo processosdestrutivos e desmoralizantespara o descrédito do ex-cônjuge a fim de se vingar. O filho é utilizado como meio para se atingir o ex-cônjuge.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionoua Lei da Alienação Parental –no12.318 (26/08/2010) – que prevê medidas que variam de acompanhamento psicológico àaplicação de multa, ou até a perda da guarda da criança a pais alienantes.

Diversos vídeos sobre o tema na internet trazem depoimentos. O filme “Alienação Parental – A Morte Inventada” apresenta casos reais de pais e filhos que viveram a situação. É preciso “de estômago” para assisti-lo, mas é sem dúvida indicado a todos.

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“A maldade é a vingança do homem contra a sociedade, pelas restrições que ela impõe. As mais desagradáveis características do homem são geradas por esse ajustamento precário a uma civilização complicada. É o resultado do conflito entre nossos instintos e nossa cultura” (Sigmund Freud).

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 Comecei uma amizade virtualmente com uma mulher seis anos mais velha. Depois de alguns encontros me vi apaixonado. Apesar de meu empenho para dar certo ela não se separou do marido, dizendo não ter o apoio da família. Fez-me crer que realizaríamos nossos sonhos, que me amava, mas depois mudou muito. Não sei se me amava ou apenas queria vingar-se do marido que havia lhe traído. Seria curtição do momento? Porque não deixou claro desde o começo? Estou confuso, sem saber qual era a dela.

 

Parece-me que desde o início você sabia que ela era casada, e mesmo na alegação de uma separação você assumiu os riscos. Na sociedade em que vivemos relacionamentos sem grandes compromissos são frequentes, assim como suas consequências. A situação em si já é bastante delicada.  Mas há algo também relevante que talvez tenha desconsiderado: o relacionamento iniciou-se virtualmente.

Os inícios tendem a ser carregados de idealizações, mas quando virtuais as idealizações não enfrentam o real do corpo, pelo menos não nas expectativas. Essa ausência do real dá asas à imaginação. Além do mais, mal conhecia a pessoa, e sem muito saber de suas intenções ou caráter você se atirou com tudo. Veja quanta coisa você não considerou como possibilidades de riscos!

Assim como você, também fico sem saber qual era a dela. Mais ainda, me inquieta saber qual é a sua. Enquanto o real se enfrenta, o virtual se fantasia.

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