A presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a deputada estadual Professora Bebel, diz que as propostas de mudanças no currículo escolar do ensino médio anunciada pelo governo de São Paulo devem ser discutida com o conselho escolar. A preocupação da deputada Bebel e de que esse novo currículo possa aprofundar ainda mais as desigualdades entre os alunos.
Em entrevista ao jornal do SBT Brasil, a Deputada Professora Bebel diz ainda que faltou o governo discutir melhor essas mudanças, fazer um debate e construir uma proposta envolvendo a comunidade escolar. “A minha preocupação é com a exclusão mais uma vez de alunos. Dizem que o aluno irá escolher. Escolher o quê?”, questiona.
O governo, por sua vez, alega que o novo currículo terá 12 opções de cursos, os itinerários formativos, e permitirá aos alunos escolher as disciplinas com as que mais se identifiquem. Na formação geral básica, os estudantes terão os componentes curriculares divididos em áreas de conhecimento como linguagens e suas tecnologias (língua portuguesa, artes, educação física e língua estrangeira); matemática; ciências humanas e sociais aplicadas (história, geografia, filosofia e sociologia); e ciências da natureza e suas tecnologias (biologia, química e física).Na carga horária referente aos itinerários formativos, o estudante precisa escolher uma ou duas áreas de conhecimento da formação geral para aprofundar seus estudos, ou ainda, a formação técnica e profissional para se especializar.
A previsão, conforme anúncio do secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, é de que o currículo seja implementado progressivamente aos alunos da 1º série do ensino médio em 2021. Em 2022, para os estudantes da 2º série, e consequentemente, para a 3ª série no ano de 2023.
Ensino Médio: Bebel está preocupada com as desigualdades
5 de agosto de 2020