A Campanha Paradas pro Sucesso promove a live “O Tabagismo e as Arritmias Cardíacas”, no dia 4 de agosto, às 19h. A live será com os médicos cardiologistas Juliana Previtalli e Raul Sartini no Instagram: @julianabarbosaprevitalli.
De acordo com Raul Sartini, a relação entre tabagismo e predisposição à ocorrência de cânceres e doenças cardiovasculares, incluindo o infarto agudo do miocárdio e o AVC (Acidente vascular cerebral), o chamado derrame cerebral, é conhecida por todos e de longa data. “Dados atuais estimam que o vício pelo tabaco seja responsável por 30% das mortes por cânceres incluindo pulmão (90%) e bexiga, 25% dos infartos e praticamente 50% dos AVCs”, cita.
Embora o papel do tabagismo no desenvolvimento e progressão das placas de gordura (aterosclerose) no interior das artérias seja claro, sua relação com o desencadeamento de arritmias cardíacas (anormalidade nos batimentos do coração) é menos evidente. “A relação entre doenças causadas pelo cigarro como o infarto do miocárdio e a doença pulmonar obstrutiva crônica e a ocorrência de arritmias é comum, mas trabalhos recentes têm demonstrado que a própria exposição às inúmeras substâncias tóxicas liberadas pela fumaça do cigarro pode ocasionar estas alterações do ritmo cardíaco”, explica o médico.
Segundo Sartini, a nicotina e o monóxido de carbono – mesma substância liberada pelos escapamentos de automóveis – podem promover alterações na estrutura do coração e, também, na quantidade de batimentos facilitando, assim, o aparecimento de inúmeras arritmias, principalmente em indivíduos que já tenham alguma doença cardíaca.
Uma análise de 29 trabalhos sobre tabagismo evidenciou que este vício aumenta em 32% o risco de desenvolver fibrilação atrial, uma arritmia cardíaca muito comum na população mundial e que, por sua vez, aumenta em cinco vezes a chance de o indivíduo ter um AVC, quando comparado àqueles que não fumam. “Quanto maior o consumo, maior a chance de desenvolver esta arritmia e o abandono do vício mostrou que a ocorrência da fibrilação atrial ficou igual a daqueles que nunca fumaram”, destaca o cardiologista.
O tabagismo é um importante fator de risco modificável para doenças cardiovasculares e, embora quanto maior exposição ao tabaco, maiores os danos causados, não há qualquer quantidade segura para seu consumo. “O abandono deste vício, por outro lado, traz somente benefícios à saúde, em todos os sentidos. Sempre é uma excelente hora para não acender o próximo cigarro”, recomenda Sartini.
Médicos promovem live sobre tabagismo no dia 4 de agosto
31 de julho de 2020