Como explicar o inexplicável?

Luiz Tarantini

Olá, alvinegros apostólicos romanos e leitores do mais tradicional matutino da cidade. Uma honra ter a companhia de todos semanalmente, nosso assunto preferido sempre será o Nhô Quim, mas hoje vamos dar uns pitacos no restante do Estado.
O futebol estadual voltou, aos poucos, sem muitas novidades em padrão tático e com o condicionamento físico ainda abaixo do normal, o que é natural e compreensivo pelo tempo de inatividade dos atletas.
Mesmo que os profissionais da parte física tentassem à distancia ministrar treinamentos, é quase impossível obter o mesmo resultado, os atletas irão readquirir o mesmo patamar que estavam antes da paralisação após alguns treinos e partidas. Já na parte tática nada, mas nada mudou, alguns técnicos com um pouco mais de experiência e tarimba, utilizaram a nova regra das substituições e ganharam seus jogos na inteligência, caso específico de Luxemburgo. O rodado treinador colocou em campo contra o Santo André no início jovens pratas da casa, e com isso segurou o ímpeto e a correria frenética que o time comandado pelo ótimo Paulo Roberto impõe em seus adversários. Já na segunda etapa abusou das cinco substituições e quando o time branco e azul do ABC cansou, e com a experiência dos que entraram em campo o Palmeiras aplicou um verdadeiro sufocou ao adversário e conseguiu a vitória nos minutos finais. Ganhou o jogo utilizando o que tem de melhor no elenco na hora certa.
Já o tricolor do Morumbi decepcionou a todos seus torcedores e a maioria que acompanha o esporte com a derrota frente ao desfigurado, mas confiante Mirassol. O São Paulo que havia “poupado” atletas na partida contra o forte Guarani de Campinas, e conquistou uma vitória clássica e maiúscula com “reservas”, fez feio frente ao time praticamente de juniores do Mirassol, pois o time da camisa amarela perdeu durante a paralisação dezoito jogadores, sendo oito destes titulares. O Mirassol colocou em campo jovens promessas da sua categoria de base e o atacante Zé Roberto recém chegado dos Emirados Árabes, sem condicionamento físico, que se recusava a jogar e com muito custo foi convencido por um dirigente do time do Mirassol a entrar em campo, o atacante fez dois gols e foi o algoz do tricolor paulistano. Vexame histórico para os comandados de Fernando Diniz. que vê agora seu cargo balançando pela situação delicada que deixou o time do Morumbi. Já se vão dez anos sem um título da competição estadual, muito pouco pelo investimento e pela qualidade dos jogadores do elenco. “Fiasco total”.
Casagrande nas transmissões do meio de semana repetiu por diversas vezes a seguinte frase: ” A paralisação colocou os times em igualdade de força”. Discordo totalmente desta colocação, é incomparável os valores das folhas de pagamento de Mirassol e São Paulo, assim como de Palmeiras e Santo André. A estrutura que os atletas tem para suas atividades e treinamentos, bem como os valores dos salários que são proporcionais a qualidade técnica de cada um. É inadmissível que um ex-jogador e comentarista de longa data possa expressar tamanho absurdo em dizer que Palmeiras e São Paulo estavam em igualdade técnica e tática com Mirassol e Santo André. errou feio “Casão”.
Ficam aqui meus sinceros parabéns a Paulo Roberto, técnico do Santo André, e a Ricardo Catalá, treinador do Mirassol: vocês, sim, elevaram o sentido do esforço e da aplicação aos seus jogadores, mostraram como se faz para aproveitar e utilizar da melhor maneira o material humano que dispunham. Ao Mirassol muita concentração, foco e disposição para a sequencia da competição, e ao Santo André que siga com esse projeto e planejamento, o futuro é de sucesso certo!

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