A pandemia mudou a nossa rotina, exigindo cuidados severos com a saúde, como o distanciamento social e o fechamento de diversos segmentos para evitar a disseminação do coronavírus. Entre eles, os restaurantes, que permaneceram por quase quatro meses de portas fechadas ou funcionando apenas com serviço de delivery. Mas, eles retomaram as atividades no último dia 15, conforme o decreto Nº 40.939, de 2 de julho.
Mas será que todo lugar é seguro para se alimentar? O nutricionista Glaydson Soares, do Hospital Anchieta de Brasília, diz que o consumidor precisa se atentar a dois fatores muito importantes: a higiene e o respeito que o local tem pelas medidas de proteção contra a Covid-19. Ele lista outros cuidados essenciais:
“É de extrema importância que o cliente higienize as mãos antes e após as refeições; utilize a máscara de proteção e só retire no momento em que for se alimentar; se for comer no estabelecimento, verificar se foi feita higienização das cadeiras e mesas do restaurante antes de se sentar”, pontua.
Soares ressalta que nos espaços com serviço de buffet, o cliente deve se dirigir ao funcionário que está responsável por porcionar a comida. “É importante que se evite também aglomerações nas filas para o pagamento da refeição”, pontua.
PRÁTICAS
O chamado “novo normal” não é tão novo assim quando se pensa nas medidas adotadas pelos restaurantes. Práticas de higienização e cuidados com a segurança do serviço entregue aos clientes são comuns no meio. “A gente sempre prezou muito pela qualidade da nossa entrega, então sempre tivemos muitos cuidados com higienização, armazenamento e preparos dos produtos. Mas agora todo o cuidado vai ser redobrado, e isso começa nos nossos fornecedores e percorre todo o serviço até a entrega final na mesa”, explica a gerente de marketing da rede Rubaiyat, Karina Bronsztein.
Com amplos salões e varandas tanto na casa de Brasília, quanto nas unidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Madri (Espanha), o Rubaiyat já oferecia mesas distantes e ambientes arejados. Agora, a casa apenas adotou as medidas específicas dos decretos governamentais, como ressalta Karina.
“Nossas mesas já eram bem espaçadas, e agora apenas adotamos a distância mínima de 2 metros entre elas e reduzimos o número de lugares disponíveis. Também dispomos de varanda e vamos manter portas e janelas da casa abertas, para garantir a ventilação direta e natural de todo o espaço. Além disso vamos trabalhar preferencialmente com reservas, como já fazíamos antes, para manter tudo mais organizado.”
Com a readequação, o restaurante passa a oferecer 100 lugares no salão que podem ser reservados por telefone, WhatsApp ou pelo site The Fork. A casa também adotará algumas novas práticas, como aferição de temperatura dos clientes na entrada e orientação sobre uso de máscaras para circular no restaurante e fazer retiradas de alimentos no buffet. O espaço também vai disponibilizar álcool em gel para higienização rápida das mãos, tanto nas mesas, como nos ambientes comuns.
MUDANÇAS
Quem também vai passar por adaptações são os funcionários dos restaurantes. Na casa especializada em carnes, os funcionários já vestiam o uniforme apenas dentro do restaurante, passam a usar também máscaras e luvas. Todos passam por um processo de higienização dos sapatos na chegada e por um acompanhamento da temperatura durante o dia, o que é registrado em uma planilha no restaurante.