Prefeitura entrega escrituras a 165 famílias do Jardim Glória e do Guamium I

 

Maria Lúcia Pires e o marido entre Arthur Ribeiro e Barjas Negri – Crédito: Eleni Destro/CCS

A Prefeitura entregou mais 165 escrituras para famílias do Jardim Glória e do núcleo Guamium I, de terrenos que passaram por regularização fundiária. Agora, com o documento em mãos, as famílias conquistaram a segurança jurídica, com o registro do imóvel, o que garante sua valorização e a possibilidade de obter financiamento para melhorias, entre outras vantagens.
No Jardim Glória, núcleo que começou a se formar em 1975, na região do Vila Cristina, foram beneficiadas 151 famílias. Vinte delas receberam as escrituras no barracão da Capela da Paróquia São Francisco Xavier, no bairro, na noite da última quarta-feira (1º), seguindo todos os protocolos de segurança sanitária, por conta da pandemia do coronavírus. As outras famílias retiraram na sede da Emdhap com dia e horários agendados.
O pedreiro Waldomiro Rocha da Costa, 64, foi um dos que recebeu sua escritura. Ele se lembra do dia, mês e ano que se mudou para o imóvel no Glória, há 32 anos: 4 de abril de 1988. “Desde que chegamos aqui esperamos por esse dia: ter a casa sobre um terreno que é da gente, ter uma casa própria e a garantia de que nunca vão tirar isso de nós”, comemorou.
Elza Maria de Jesus, 62, que trabalha em serviços gerais, também estava emocionada. Ela chegou ao Jardim Glória há 11 anos, morou em um barraco antes de construir sua casa e acompanhou o processo de urbanização do bairro. “Criei meus filhos aqui. Estou cansada, mas estou feliz. A Emdhap realizou nosso sonho”, disse.
Quem também conseguiu a escritura de sua casa no Glória foi Anelita Maria de Jesus Lima, 64 anos. Ela mora no bairro há 32 anos, quando ainda não existia nenhuma infra-estrutura. “Não tinha nada, mas foi melhorando. Esperava que o terreno fosse nosso e agora é. Chegou o dia”, comemorou.
Na quinta-feira (2) foi a vez das 14 famílias do Guamium I, na região da Vila Industrial, receber suas escrituras, no auditório do Centro Cívico. O trabalhador da construção civil Edvaldo de Oliveira e a esposa Simone Almeida Correia Oliveira estavam muito felizes com a conquista esperada há 15 anos. O casal, que tem 4 filhos, lembrou que, no início, moravam em dois cômodos. “Fomos lutando e levantando. Hoje são 6 cômodos e a lavanderia. Estamos felizes! Agora (o imóvel) é nosso!”, festejou Simone.
Maria Lúcia Pires é uma das moradoras mais antigas do Guamium 1. Ela vive lá há 40 anos. “Era só mato. Não tinha rua, não tinha água nem esgoto e nem luz”, lembra. “Aos poucos foi melhorando e hoje tem tudo pra gente. É uma emoção imensa (receber a escritura) depois de tantos anos. Agora é só alegria”, contou.
MAIS DE 860 FAMÍLIAS BENEFICIADAS 

A entrega das escrituras foi feita pelo prefeito Barjas Negri e pelo diretor-presidente da Emdhap, Arthur Ribeiro. Barjas lembrou que sua primeira reunião no Jardim Glória foi em 1993, quando era secretário de Planejamento. As primeiras ações para urbanização aconteciam, mas a regularização não saía. “No ano passado, o governo federal aprovou uma lei que facilitou e pudemos regularizar vários núcleos”, explicou Barjas. “A partir deste momento vocês têm o registro e a escritura do imóvel. O que era de fato de vocês virou de direito e ninguém tira. A partir deste momento o Glória está regularizado”, ressaltou no momento da entrega.
Somente neste mandato de Barjas (a partir de 2017) foram regularizados pela Emdhap núcleos no Parque dos Eucaliptos, Minas Nova (1ª e 2ª etapas), Vila Sônia, Monte Cristo, Marques Cantinho, rua São Dimas, IAA/Silveiras, Jardim Glória e Guamium 1, totalizando 866 famílias beneficiadas.
Arthur Ribeiro ressaltou que a regularização fundiária é um processo difícil e demorado. “Todo o trabalho de regularização fundiária foi feito pela equipe da Emdhap, em conjunto com a Procuradoria Geral e o Ipplap (Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba). É tarefa do poder público custear a regularização dos núcleos classificados como interesse social, que são empreendimentos de população de baixa renda. A lei federal trouxe a possiblidade legal da regularização e do reconhecimento do direito à propriedade como instrumento essencial para atendimento à dignidade desses moradores. Todo esse trabalho foi gratificante para as equipes”, disse Ribeiro.

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